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Emigrante madeirense raptado em Joanesburgo

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Um emigrante madeirense de 47 anos foi raptado na noite de quinta-feira no sul da cidade sul-africana de Joanesburgo, disse hoje à Lusa o conselheiro das comunidades madeirenses na África do Sul.

O emigrante, natural do Estreito da Calheta, Região Autónoma da Madeira, foi raptado no estabelecimento de venda de carnes de que é proprietário, à hora de encerramento, cerca das 18:00 (17:00 em Lisboa) de quinta-feira, adiantou o conselheiro José Luís da Silva.

“Foi mais um caso, um madeirense, um homem de negócios da nossa comunidade, e que até agora ainda não apareceu, esta manhã desloquei-me pessoalmente a Southdale, mas o estabelecimento estava completamente encerrado e ninguém quis prestar informações”, salientou.

O conselheiro português salientou à Lusa que o caso foi reportado às autoridades sul-africanas, estando a polícia a investigar.

O subúrbio de Southdale dista cerca de dois quilómetros da União Cultural Recreativa Desportiva de Joanesburgo (UCRDP), conhecida localmente por União Portuguesa, e uma das mais antigas coletividades portuguesas no país africano.

É o segundo comerciante português raptado esta semana em Joanesburgo, segundo fontes da comunidade portuguesa na África do Sul.

Na passada segunda-feira, um comerciante português, proprietário de um talho, foi sequestrado no seu local de trabalho na região de West Rand, por duas carrinhas pickup nas primeiras horas da manhã, indicaram as fontes da Lusa.

A África do Sul enfrenta um agravamento do crime de sequestro em que são exigidos elevados montantes financeiros pelo resgate das vítimas, segundo a polícia sul-africana.

Dados oficiais consultados pela Lusa indicam que no último trimestre de 2023 a polícia sul-africana registou 4.577 raptos no país, significando um aumento de 11% (mais 453 casos) comparativamente a 4.124 casos reportados às forças de segurança no período homólogo do ano anterior.

Segundo a polícia sul-africana, as províncias do país mais afetadas pelo crime de sequestro são Gauteng (51,7%), onde se situa Joanesburgo e Pretória, a capital do país, e KwaZulu-Natal (1,4%), que faz fronteira com Moçambique, e onde se situa a cidade portuária de Durban.

Segundo dados do Governo sul-africano, residem na África do Sul cerca de 200.000 cidadãos portugueses e perto de meio milhão de lusodescendentes.

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