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Embaixada desaconselha viagens ao interior do Peru

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A embaixada de Portugal no Peru desaconselha deslocações no interior do país devido à presente instabilidade política que “gera conflitos sociais” alertando sobre as dificuldades de intervenção nas zonas mais remotas.

“O poder das autoridades centrais nas zonas mais remotas é frágil, pelo que a capacidade de intervenção é limitada”, indica a embaixada de Portugal em Lima através do portal diplomático.

A mesma nota, referindo-se à “presente instabilidade política”, “desencoraja” a realização de viagens não essenciais, em particular por via rodoviária porque os bloqueios de estrada são frequentes.

“Caso se veja forçado a viajar, deve fazer-se acompanhar dos seus documentos e prever água e comida para eventuais distúrbios (como cortes de estrada ou manifestações, que podem bloquear a circulação por muitas horas)”, indica o aviso.

Este aviso surge no momento em que é conhecido que há portugueses retidos num hotel, estando impossibilitados de regressar a Portugal, face à situação no país.

Na quarta-feira, o governo da chefe de Estado, Dina Boluarte, decretou o estado de emergência em todo o país, por um período de 30 dias, “para controlar atos de vandalismo e violência cometidos nas manifestações de protesto”.

Por outro lado, o ex-presidente Pedro Castillo vai continuar detido durante mais 48 horas.

Castillo foi preso depois de ter dissolvido o Congresso na tentativa de promover mudanças constitucionais para evitar um julgamento.

As atitudes de Castillo foram consideradas como um “golpe de Estado” por membros do governo, incluindo pela atual presidente Boluarte

O decreto publicado na quarta-feira indica que a Polícia Nacional do Peru mantém o controlo da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas.

Durante o estado de emergência ficam suspensas os direitos constitucionais relativos à inviolabilidade domiciliária, liberdade de circulação e liberdade de reunião.

Nas últimas 24 horas um grupo de manifestantes que protestam contra o governo e o Congresso queimou várias instalações públicas no município provincial de Espinar, região de Cuzco, sul do país.

Os protestos contra a chefe de Estado eclodiram no domingo registando-se oito mortos, mais de meia centena de polícias feridos e um número que não foi especificados de manifestantes detidos.

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