EasyJet quer atingir neutralidade carbónica até 2050
A easyJet anunciou esta semana um plano para alcançar a neutralidade carbónica até 2050, com medidas que incluem investimento em novas aeronaves, poupança de combustível e utilização de aviões movidos a hidrogénio.
Segundo o plano revelado esta segunda-feira em Luton, a norte de Londres, onde está sedeada, a easyJet vai investir 21.000 milhões de dólares (21.800 milhões de euros no câmbio atual) em 168 novos aviões Airbus neo até 2029, que são mais eficientes.
O presidente executivo, Johan Lundgren, não quis adiantar o custo por cada aeronave, mas disse que o investimento visa uma mistura de substituição de aparelhos mais antigos, nomeadamente os Airbus 320ceo.
A companhia já opera 59 Airbus 321neo e 320neo, vários dos quais nas rotas portuguesas. Os primeiros têm maior capacidade e os segundos permitem uma redução em 15% no uso de combustível e em 50% em termos de ruído.
Lundgren disse que os 99 Airbus 319 que a companhia ainda opera vão ser substituídos nos próximos cinco anos por Airbus 320 e 321, que têm também mais capacidade, permitindo transportar mais passageiros e aumentar as receitas.
Além desta medida, a easyJet também vai investir “vários milhões de euros” para equipar toda a frota com ‘software’ que contribuirá para reduzir as emissões de gases com efeito de estuda, nomeadamente nas descidas dos aviões ao aproximarem-se da aterragem.
Outra medida é um maior uso de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), produzido a partir de materiais como óleo de cozinha usado e resíduos de gordura animal, tendo assinado um contrato para os próximos cinco anos com a fornecedora Q8.
Entretanto, a easyjet assumiu hoje que o hidrogénio apresenta o “maior potencial” como energia alternativa menos poluente e também a que está mais avançada em termos de desenvolvimento, estando “nos preparativos finais” para os primeiros testes no solo com motores de combustão de hidrogénio da parceira Rolls-Royce.
O plano da companhia prevê que, assim que as tecnologias estejam disponíveis, seja possível reduzir 78% das suas emissões de carbono por passageiro, por quilómetro, até 2050 (relativamente a 2019), sendo as restantes emissões compensadas por tecnologia de remoção de carbono.