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“É mais importante do que nunca celebrar o Dia da Europa”

As palavras são de Anne Calteux, chefe da representação da Comissão Europeia no Luxemburgo, ou seja, a “embaixadora” da Europa junto do grão-ducado. As representações da Comissão Europeia existem em todos os Estados-Membros e são verdadeiras embaixadas da Europa junto dos cidadãos de cada país.

Foi no âmbito do Dia da Europa, que se comemora esta segunda-feira, que o BOM DIA foi entrevistar Anne Calteux, embaixadora no único país da União que decidiu fazer deste dia um feriado nacional. “Acho que o gesto do Luxemburgo de tornar o Dia da Europa num feriado nacional é muito forte”, afirma a chefe da representação, que considera “mais importante do que nunca celebrar o Dia da Europa”.

Calteux crê que é importante introduzir a história da UE no seu contexto, e este dia serve para nos relembrarmos do porquê de haver a União Europeia, assim como “a razão pela qual o Tratado de Schumann foi assinado (…) Os valores de paz e unidade fazem a UE tão forte aos dias de hoje”, afirma.

Dona de um otimismo moderado, Anne Calteux acha ótimo que sete em dez europeus se sintam cidadãos da Europa, mas que também “uma grande maioria dos habitantes na União Europeia apoie as políticas de defesa, energia e imigração em curso”.

Questionado sobre a ascensão de partidos extremistas e anti-UE em alguns Estados-Membros, Calteux vê o copo meio cheio: “os partidos que defendem os princípios fundamentais da União Europeia continuam a dominar, o que augura um futuro positivo para a UE”. A representante da Comissão Europeia admite que “a extrema-direita existe mas continua a não ser predominante”.

“A Europa demonstrou com a crise ucraniana que continua a ser um bloco solidário e unido”, acrescenta. Anne Calteux considera que “a UE sabe gerir as crises saindo ainda mais forte, o que deixa grandes esperanças para o futuro”.

E afinal que faz uma “embaixadora” da Europa nos Estados-Membros? “Tenho de ir explicando em termos simples o que se vai passando em Bruxelas, o que a presidente tenciona fazer e porque é que tomou certas iniciativas”, descreve Calteux, para quem este trabalho é bastante desafiante porque exige “comunicar para pessoas que não estão tão informadas sobre a Comissão e sobre o que é que se está a fazer”.

Por fim, questionada pelo BOM DIA sobre a possibilidade de existirem listas transnacionais para o Parlamento Europeu, Anne Calteux esclareceu que a Comissão Europeia ainda não tem nenhuma posição quanto ao tema. “É um assunto a que a Comissão dará muita atenção. É nosso objetivo que a democracia nunca esteja em risco”, concluiu.

Veja aqui a entrevista completa:

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