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Duas mortes confirmadas em aluimento em Borba

O deslizamento de terras para uma pedreira, ocorrido na zona de Borba, provocou, pelo menos, dois mortos, divulgou o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro.

Trata-se, segundo o responsável, de dois operários da empresa que explora a pedreira.

“Às 15:45 [de hoje]” ocorreu o “deslizamento de um grande volume de terra” na estrada 255, que provocou “a deslocação de uma quantidade muito significativa de rochas, de blocos de mármore e de terra para o interior de uma pedreira”, relatou o CODIS de Évora numa conferência de imprensa, no quartel dos bombeiros de Borba.

Em consequência deste deslizamento, continuou, “houve dois operários da empresa que explora aquela pedreira que foram arrastados”, sendo estas as duas vítimas mortais que é possível confirmar.

O deslizamento de terras da estrada para a pedreira contígua, segundo o comandante distrital de operações de socorro, aludindo aos “relatos que foi possível recolher”, terá também “arrastado duas viaturas”.

No encontro com os jornalistas, em que também esteve presente o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, e o presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, o responsável distrital da Proteção Civil considerou que o resgate das vítimas constitui uma operação “de grande complexidade”.

“Eu diria de complexidade extrema. Estamos perante um desafio tremendo daquilo que são as operações de resgate que nos esperam nas próximas horas, nos próximos dias e, provavelmente, nas próximas semanas”, assinalou, referindo que não pode, para já, indicar o tempo que as operações vão demorar: “Serão muito morosas, muito delicadas”, disse.

O dispositivo mobilizado para o local contava com 84 operacionais, apoiados por 39 veículos e, segundo José Ribeiro, encontra-se de prevenção “um dispositivo muito substancial para “garantir a intervenção nas próximas horas e nos próximos dias”.

“Cada decisão e cada ação terá de ser bem acautelada e terá de ser ponderada e validada, sob pena de a todo o momento pormos em risco os próprios operacionais que estão no terreno”, sublinhou.

 A Proteção Civil pretende desenvolver um conjunto de operações para fazer o resgate das “duas vítimas que é possível observar”.

Para terça-feira, “às primeiras horas, assim que as condições o permitirem”, o que está previsto em termos de planeamento é a realização de uma reunião com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o departamento de geologia e minas, a engenharia militar e o responsável técnico da pedreira, com o objetivo de serem avaliadas as operações e manobras que poderão ser executadas para o resgate das vitimas.

As equipas de socorro estabeleceram contacto visual com a retroescavadora e uma das vítimas arrastadas para o interior da pedreira, devido o aluimento de terras.

Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) indicou à agência Lusa que foi avistada “a retroescavadora com o corpo de uma das vítimas”.

Segundo a mesma fonte, o aluimento de um troço da antiga Estrada Nacional (EN) 255, no percurso entre Borba e Vila Viçosa, provocou a queda de dois veículos civis para dentro da pedreira, “com 50 metros de profundidade”.

A fonte do INEM realçou que, além de fazer cair um “veículo ligeiro e uma carrinha de caixa aberta”, a terra com a água da pedreira provocou também o “deslocamento de uma retroescavadora com o maquinista e auxiliar”.

De acordo com as mesmas fontes, desconhece-se ainda o número total de vítimas do acidente.

O INEM acrescentou que acionou um helicóptero, uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV) e diversas ambulâncias de várias corporações de bombeiros, além de uma equipa de psicólogos.

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