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Dois nomes da diáspora no júri que seleciona filme português para os Óscares

© Raúl Reis / BOM DIA

A Academia Portuguesa de Cinema anuncia na segunda-feira os filmes portugueses pré-selecionados no processo de candidatura a uma nomeação para os Óscares, os prémios norte-americanos de cinema, de 2025.

Esta pré-seleção foi feita por um comité da academia, a partir de trinta longas-metragens de produção nacional consideradas elegíveis, com estreia ocorrida entre 1 de novembro de 2023 e garantida até 30 de setembro deste ano.

A luso-francesa Cristèle Alves Meira faz parte deste comité, assim como o realizador e produtor Luís Galvão Teles que viveu e trabalhou cerca de duas décadas no Luxemburgo. É a primeira vez que este tipo de júri integra dois membros provenientes da diáspora portuguesa.

O comité é ainda composto ainda pela produtora Andreia Nunes, pela atriz Binete Undonque, pelo diretor de fotografia José Tiago, pelo produtor Pedro Borges, pela argumentista Rita Benis, pelo ator Rui Morrison e pelo distribuidor Saúl Rafael.

Em causa está um processo de escolha do filme que representará Portugal numa candidatura à nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, em língua não inglesa.

Segundo a Academia Portuguesa de Cinema, os filmes finalistas a anunciar na segunda-feira serão submetidos depois à votação de todos os membros desta organização, e o candidato escolhido será anunciado em setembro.

A 97.ª edição dos Óscares, que ainda são considerados os prémios internacionais mais cobiçados do cinema, está marcada para 02 de março de 2025 em Los Angeles, Califórnia.

Os nomeados de todas as categorias dos Óscares serão revelados a 17 de janeiro.

De acordo com a Academia Portuguesa de Cinema, desde 1980 Portugal tem submetido anualmente um candidato à categoria de Melhor Filme Internacional. No entanto, nunca houve um nomeado português nesta categoria.

Desde a sua fundação, em 2012, a Academia Portuguesa de Cinema é a responsável pela escolha do filme candidato a uma nomeação nesta categoria. 

Para os Óscares deste ano, Portugal candidatou “Mal Viver”, de João Canijo, mas às nomeações chegaram filmes de Itália, Japão, Espanha, Alemanha e Reino Unido, país pelo qual foi atribuído o Óscar a “A Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer. 

À parte deste processo de seleção da Academia Portuguesa de Cinema, é possível ao cinema português entrar na corrida a uma nomeação aos Óscares, noutras categorias, consoante diferentes critérios de elegibilidade definidos pelos Estados Unidos, como, por exemplo, os filmes serem premiados em determinados festivais internacionais.

Na edição de 2023, pela primeira vez uma produção portuguesa esteve nomeada, no caso para o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação, com “Ice Merchants”, de João Gonzalez, mas o filme não obteve a estatueta dourada.

Este ano, a curta-metragem portuguesa “Um Caroço de Abacate”, do realizador Ary Zara, foi candidata a uma nomeação para o Óscar de Melhor Curta-Metragem (“Live Action Short Film”, na designação em inglês), não tendo chegado às nomeações finais.

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