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Dois lusófonos finalistas da iniciativa da ONU Jovens Campeões da Terra

A Agência da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, anunciou os 35 finalistas do prémio Jovens Campeões da Terra 2020. A angolana Fernanda Samuel, 28 anos, é uma das cinco escolhidas para a região da África, enquanto o brasileiro Eduardo Ávila (foto acima), de 24 anos, integra a relação dos finalistas da América Latina. 

Segundo o Pnuma, os escolhidos “propõem uma variedade impressionante de soluções inovadoras e que podem ter um grande impacto em alguns dos maiores desafios ambientais do mundo.”

Fernanda Samuel, engenheira de produção de petróleo, ela trabalha em proteção ambiental, e é a fundadora da AmbiReciclo, uma startup que promove a economia verde.

Fernanda contou que cresceu entre os mangueirais e se sente “profundamente conectada à bela biodiversidade do ecossistema, de aves migratórias a peixes, crustáceos e moluscos.”

Mas as construções na área causaram um declínio de espécies e um aumento de inundações. O projeto, Otchiva, sensibilizou os moradores para uma campanha massiva de limpeza e restauração, que levou a um aumento constante da população de flamingos. caranguejos e peixes.

O sonho da finalista “é ver os manguezais em Angola definitivamente protegidos, restabelecer a resiliência da costa, bem como o bem-estar de todas as espécies que dependem dos manguezais, incluindo os humanos.”

O outro finalista de língua portuguesa é o economista brasileiro Eduardo Ávila. A empresa que dirige, a Revolusolar, pretende criar um novo modelo de energia para populações de baixos rendimentos.

Ávila contou ao Pnuma que um quarto da população do Rio de Janeiro vive em favelas, enfrentando marginalização social, infraestrutura inadequada e suprimento de energia inacessível com os preços dobrando na última década.

Segundo ele, “os serviços de energia são caros, instáveis, injustos, de baixa qualidade e distantes da realidade” dos moradores.  A Revolusolar fez parceria com duas favelas para criar um novo modelo de energia acessível, baseado na ideia de comunidade e sustentabilidade. Foram instalados painéis solares e os moradores treinados como eletricistas e instaladores. A iniciativa também organizou oficinas sobre sustentabilidade para as crianças da área.

Cada vencedor do Prémio Jovens Campeões da Terra, do Pnuma, receberá 10 mil dólares e o apoio do Pnuma para realizar seus projetos.

Para uma lista completa de todos os 35 finalistas (em inglês), clique aqui.

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