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Deus

Não se pode dizer que Deus exista, da mesma forma que ninguém tem a certeza que ele não exista. É tudo uma questão de fé, e que depende das nossas envolvências familiares e sociais e depende também muito de nós próprios.

Eu acredito numa entidade suprema! Para muitos serei um banana, mas sinceramente acredito num criador, num arquitecto, e acredito em imensa coisa que nem sequer vou escrever aqui.

Acredito em Deus, mas não acredito num Deus cuja redenção se alcance com o sacrifício, com o jejum, com a castidade. Prefiro acreditar num Deus bonacheirão, que gosta de um bom vinho e que simplesmente adora que a sua prole terrena seja feliz.

Não acredito num Deus que acha que a fé alheia seja para abater, que separa fieis de infiéis, e estes últimos são para morrer em terra e queimar no inferno. Prefiro acreditar num Deus tolerante, daqueles de abraço e sempre com uma piadola, às vezes brejeira, na ponta da língua.

Acredito num Deus que não leve a mal sermos honestos mesmo que sejamos politicamente incorrectos. E que a maioria das vezes erramos por causa de um palpite que estamos a agir correctamente.

Acredito num Deus com humor negro, que inventou as tentações e os decotes até ao umbigo, e que também criou fabulosas pistas de neve, e excelentes ondas, e criou o Algarve, e mais uma quantidade de tralhas que nos fazem felizes.

Deus tem todos os seus direitos, mas eu também tenho meus, e faço questão de ter um Deus porreiro e que não me dá grandes chatices. É um Deus low cost, mas é muito meu e convivo muito bem com ele.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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