Um homem ficou em prisão preventiva após ser detido, na quarta-feira, no aeroporto em Ponta Delgada, por suspeitas de tráfico de droga, numa operação que resultou na apreensão de mais de 27.000 doses.
De acordo com o Comando Regional da PSP dos Açores, o suspeito, de 51 anos, chegou ao Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, num voo proveniente do continente.
Após a interceção do suspeito, e no decurso de várias diligências dos investigadores da Brigada Anticrime da PSP, apoiados por peritos da polícia técnica forense do Núcleo de Investigação Criminal da PSP, “foi possível detetar e apreender uma das mais importantes e significativas quantidades de droga em território açoriano efetuadas nos últimos anos”, informa a polícia, em comunicado.
Segundo a PSP, foram apreendidos mais de 12,5 quilos de haxixe e aproximadamente 400 gramas de cocaína, droga esta que seria suficiente para a preparação de mais de 27.000 doses individuais para consumo.
A operação foi “realizada em estreita articulação com binómios cinotécnicos da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia do Comando Regional dos Açores”, acrescenta a PSP.
Os investigadores sublinham que a detenção deste arguido “assume particular relevância”, já que, nesta fase da investigação, os elementos apontam que a droga apreendida teria “como destino final a ilha de São Miguel”.
Tendo em conta “a significativa quantidade e, simultaneamente, diferentes tipologias de estupefaciente apreendido”, os investigadores da PSP não descartam a possibilidade de que as substâncias se destinavam “a alimentar diferentes circuitos de tráfico e consumo de droga montados na ilha de São Miguel”.
O arguido, que está “fortemente indiciado da prática do crime de tráfico de estupefacientes”, foi sujeito a primeiro interrogatório no Tribunal de Ponta Delgada, que determinou a medida de coação mais gravosa, nomeadamente a prisão preventiva.
O Comando Regional da PSP sublinha “a relevância da detenção do arguido” e “a avultada apreensão efetuada sobretudo por espelhar a dimensão das quantidades de estupefaciente que continuam a ser, sistematicamente, injetadas na região”, o que “poderá ser impulsionado pelo número, ainda, bastante expressivo de consumidores destas substâncias nas várias ilhas açorianas”.