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Deputados das comunidades debatem criação do Museu da Emigração

A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, pretende avançar com a criação de um Museu Nacional da Emigração que possa vir a ser integrado na rede nacional de museus, depois de o projeto ter sido suspenso devido à pandemia de covid-19, disse ontem a responsável durante uma reunião com os deputados do PS Paulo Pisco e Paulo Porto, e com o vereador da cultura Fernando Rocha.

O projeto para a criação do museu, que tem o nome de “Cais das Migrações”, por Matosinhos ser ponto de partida, mas também de chegada, pretende ser o grande polo agregador de uma rede museológica ligada à emigração portuguesa que atualmente está em desenvolvimento através do trabalho da Secretaria de Estado das Comunidades. E pretende também uma ligação a outros museus no mundo onde a emigração portuguesa é retratada.

Do ponto de visto conceptual, o projeto do museu vai ao encontro do que foi aprovado em outubro de 2017 na Assembleia da República, num Projeto de Resolução de que foi autor o deputado do PS Paulo Pisco, que defendia que “deve ter como objetivo estratégico dignificar e valorizar os portugueses de todas as épocas e gerações que emigraram”, tanto na relação com o país onde se fixaram como de Portugal.

O deputado considera que o museu deve conter o que de mais positivo caracteriza o fenómeno migratório português nas suas múltiplas vertentes, mas também retratar os períodos mais difíceis. Mas, acima de tudo, “deve ser dinâmico, interativo, criativo e um lugar de reflexão e estudo”, afirma.

A presidente da Câmara de Matosinhos, defende igualmente um museu inteiramente digital e intuitivo, que possa encaixar-se para o devido financiamento no atual processo de transição digital e nas novas competências tecnológicas, que seja um lugar de conhecimento da riquíssima história da emigração portuguesa, mas também um lugar de descoberta das suas raízes e origens.

O deputado Paulo Pisco considera que o Museu Nacional da Emigração será um importante polo de atração turística e cultural e de dinamização económica, dado o natural interesse que desperta em centenas de milhares de portugueses e lusodescendentes.

O lugar destinado ao museu é a antiga fábrica de conservas Vasco da Gama, que tem um ante-projeto do arquiteto Souto Moura.

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