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Daqui a quantos anos?

Ninguem sabe quando isso vai acontecer
Quando um lobo viver em paz com um cordeiro
A vaca e a ursa juntas possam adormecer
E um menino e uma naja brincarão o dia inteiro.

Talvez em sonho, realidade, ou pura utopia
Um leopardo pode deitar-se com o cabrito
Ninguem sabe, mas talvez um dia
O homem veja isso e deixe de estar aflito.

O caminho do homem parece o certo aos seus olhos
O homem luta por um grande palmo de terra
Cultiva a terra, não come os cereais mas os abrolhos
O caminho do homem é muitas vezes aquilo que enxerga! 

Há um caminho que parece certo ao homem 
Mas esse caminho resulta muitas vezes em morte
A ira, a raiva, e o ódio a todos consomem
O arrogante acaba sempre por perder seu norte.

Mas hoje uma resposta branda acalma o furor
O orgulho vem sempre antes da derrocada 
A humildade faz brotar e crescer o amor 
Lutas e guerras não nos levam a nada!

Os sentimentos dos povos estão feridos
Mães criam filhos durante muitos anos 
Que involuntariamente depois são oferecidos
No altar da guerra e dos enganos!

Sacerdotes abençoam armas do preconceito 
E tantas vezes dizem matem em nome de Deus
Ele nos apoia, temos que vencer a qualquer jeito
E massas de gente lutam, e matam até os seus!

Daqui a quantos anos veremos um tratado de paz
Nem tudo está por terra, agora há que reconstruir
Mas ainda restam sempre três grandes exércitos 
Um de viúvas, outro de aleijados, e outro há-de vir…

José Valgode

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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