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Cristo, Cristo, anda cá abaixo ver isto

Às vezes falam-nos que o negócio – o comércio – está mal, não dá, isto, aquilo e aqueloutro, designando que não dá para pagar a empregados e outros encargos.

Isto, em particular, o comércio de rua ou tradicional para quem quiser escolher a melhor designação. Por vezes encerram esses negócios responsabilizando, logo à cabeça, as designadas grandes superfícies comerciais ou hipermercados.

Por sinal, há dias, acerca de um estabelecimento da nossa praça prometi a mim mesmo que daria crónica: um rapaz super disponível, sempre solícito, atencioso, o que queiramos… sensibilizou-me mesmo pelo excelente serviço prestado com algum altruísmo que eu pensei: é nesta juventude em que ainda devemos depositar alguma confiança ao futuro.

Vejam lá.

Agora chego lá e vejo um elemento conspurcante – uma forma eufemística de dizer um pequeno insecto dentro da exposição de víveres.

E até – ou mesmo – já estando servido, não chamei à atenção. Informei. Estas coisas não se chamam à atenção.

Desta vez era uma jovem. Cara com cara, enquanto eu pagava não esboçou nada, como se não me ouvisse completamente imperturbável. E voltou para trás. A jovem senhora até pode ser barroneira. Mas podia fazer-de-conta que ia tratar daquilo e mandar-me à fava ou ao azeite. Mas não.

Aposto – não é disfemia – aposto que este tipo de funcionário é o primeiro a desfazer, a queixar-se do patrão. Mas não faz por preservar o seu emprego.

Temos aqui estes elementos: O patrão queixar-se-á que o negócio não dá, não dá para manter, isto, assim e aquilo.

Os (des)empregados que realmente querem trabalhar, lamentam que não há trabalho.

Devem continuar a queixar-se muito das grandes superfícies, das quais eu até nem sou muito sequaz?

 

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