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Conversa com Mary: a Junta Médica

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– “É uma tristeza. Eu sei de um casal em que o homem sofria de cancro. Antes pesava 90 quilos e passou a 30 quilos. A esposa é quem cuidava da higiéne dele e o levava à casa de banho porque ele já não tinha forças.

Na Junta Médica mandaram-no trabalhar. Poucas horas depois o homem cai morto. Agora a esposa vai pedir Justiça…” 

– Nunca se faz Justiça em Portugal, Mary! E a uma morte não há justiça que a pague. Eu não gosto de ouvir dizer-se nas mais variadas situações que querem é que se faça justiça.

Uma injustiça nunca é reparada em Tribunal, mesmo que o veredicto seja a favor das vítimas ou familiares. Ainda que envolva grandes montantes.

A justiça é prevenir antes ou fazer-se bem o trabalho, sobretudo com responsabilidade individual. E hoje quase ninguém faz nada bem ou de boa vontade. Querem é o “seu” ao fim do mês e a menor preocupação possível.

Eu já te disse mais ou menos isto, e muitos outros exemplos concretos, que se passam em vários serviços pelo País, nomeadamente no estabelecimento de saúde onde trabalhaste.

Mário Adão Magalhães
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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