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Construtores luso-americanos procuram oportunidades em Newark

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Dezenas de empresários luso-americanos do ramo da construção civil reúnem-se na quarta-feira em Newark, nos Estados Unidos, para explorar oportunidades de negócio a partir do plano do Governo de Joe Biden para renovação das infraestruturas.

O Seminário Anual da Rede de Empreendedores da Construção (CENSE, na sigla em inglês), da empresa luso-americana Media Consult, terá este ano a sua oitava edição e contará com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz.

Segundo um comunicado enviado à Lusa pela organização, estarão presentes no evento companhias com volume de negócios diversificado, mas com elevada presença no ramo da construção civil, quer predial, quer de infraestruturas, nos vários estados norte-americanos em que estão sediadas.

O encontro irá decorrer no Avenue A Club, em Newark, no estado de Nova Jérsia, e terá como ponto central a abordagem dos empresários portugueses ao plano da administração de Biden para a renovação das infraestruturas nacionais relacionadas com estradas, pontes, vias férreas, fornecimento energético e serviços de abastecimento de água.

“O Presidente Biden assinou em 15 de novembro de 2021 uma lei com redação bipartidária que irá disponibilizar cerca de 550 mil milhões de dólares [aproximadamente o mesmo valor em euros] para obras na área dos transportes, expansão da banda larga na internet e infraestruturas no setor do fornecimento de gás e eletricidade ao país”, indica o comunicado.

“Para estradas e pontes estão reservados 110 mil milhões de dólares, 66 mil milhões para o setor ferroviário de carga e passageiros, 39 mil milhões para os sistemas de transporte público e 55 mil milhões para os sistemas de fornecimento de água. Os fundos captados por esta lei, contudo, ascendem a um bilião de dólares [mil milhões de euros]”, acrescenta a nota.

Segundo José Nunes, da Media Consult, estarão presentes neste encontro representantes de departamentos governamentais familiarizados com os processos burocráticos de candidatura aos projetos de construção que serão anunciados.

“A presença de representantes do Governo português poderá também vir a despertar interesse dos empresários em investir em Portugal”, acrescentou Nunes.

Segundo a ‘American Community Survey do Census Bureau’ – um programa de pesquisa demográfica citado pela Media Consult -, a construção civil e atividades relacionadas ocupavam 11,2% dos portugueses e luso-americanos no triénio 2008-2010, muito abaixo da presença deste grupo populacional no setor de gestão e ocupações profissionais (33,3%), vendas e escritórios (26,2%) e serviços (18,6%).

“O grupo de empresários portugueses agora reunidos, na sua maioria nascidos em Portugal, são uma prova das potencialidades oferecidas pelos Estados Unidos aos emigrantes com criatividade e capacidade de trabalho”, avaliou a empresa luso-americana Media Consult.

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