Charlotte, Julie e Valentin são os atuais responsáveis pela produção do champanhe De Sousa, uma saga que começou com Manuel de Sousa, um homem que esteve em terras de França para combater durante a Primeira Guerra Mundial.
De todos os contingentes estrangeiros chamados a juntar-se aos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial, a força expedicionária portuguesa é, sem dúvida, a mais desconhecida. No entanto, 56.000 homens participaram no esforço de guerra. Entre eles, Manuel de Sousa, natural da região de Braga.
É para lá que volta Manuel para reencontrar a sua mulher, mas a situação está longe de ser boa. O seu pequeno negócio faliu.De França, Manuel de Sousa guarda contactos. Com a mulher e o filho recém-nascido, Antoine, deixou Portugal para se instalar em Avize, uma pequena localidade de região demarcada de Champagne.
Aceita todos os trabalhos físicos que lhe propõem, mas no fulgor da juventude a doença atingiu-o. Um tumor cerebral levou-o aos 29 anos, deixando a mulher e quatro filhos para criar.
Entretanto, o seu filho Antoine de Sousa cresceu e encontra Zoémie Bonville, filha de uma família de viticultores da região há várias gerações.
O casamento entre o lusodescendente e Zoémie marca o início de uma “história de sucesso” que se mantém até aos dias de hoje sob o nome De Sousa e que já vai na quarta geração. No comando desde 1986, Erick de Sousa – terceira geração – dá continuidade ao trabalho dos seus antecessores com a excelência na mira, e com Charlotte, Julie e Valentin (na foto abaixo) já envolvidos no projeto familiar.
A vinha De Sousa está localizada nos mais belos terrenos da região de Champagne e três quartos das vinhas têm mais de 45 anos. Erick de Sousa tem vindo a fazer gradualmente uma conversão para a biodinâmica: o trabalho nas vinhas é feito com respeito pela natureza e pelo ambiente.