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Cinco detidos na Suécia por planearem ataque terrorista

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As autoridades suecas detiveram cinco pessoas suspeitas de preparar um “ato terrorista” no país como retaliação à destruição de um Corão por um elemento da extrema-direita.

O plano é “considerado como tendo ligações internacionais ao extremismo islâmico violento”, disse o serviço de inteligência nacional, Säpo, citado pela agência francesa AFP.

“Um ataque não é considerado iminente”, acrescentou.

As detenções ocorreram na segunda-feira em três cidades, numa ação das forças da Polícia Nacional em que foram revistadas várias residências.

“O caso atual é um dos muitos em que trabalham os serviços secretos, após os protestos contra a Suécia em relação à famosa queima de um Corão em janeiro”, acrescentou o Säpo.

O dinamarquês-sueco de extrema-direita Rasmus Paludan queimou uma cópia do Corão em frente à embaixada da Turquia em Estocolmo.

A ação provocou protestos em vários países muçulmanos e levou à paralisação pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan das negociações com a Suécia e a Finlândia para a entrada dos dois países na NATO.

A adesão de ambos os países à organização, motivada pela invasão russa da Ucrânia, foi aprovada em junho do ano passado depois de a Turquia ter levantado o seu veto em troca de certas condições.

O processo de adesão da Finlândia foi concluído na última semana, depois da ratificação pelo parlamento da Turquia. A entrada começou por ser conjunta com a Suécia, mas estava empatada por Budapeste e Ancara.

A Turquia queria que os países escandinavos levantassem os embargos à aquisição de armamento por parte de Ancara e que tivessem uma postura mais dura com organizações como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é considerado um grupo terrorista pelo Governo de Erdogan, pela União Europeia e pela própria NATO.

Sobre a Suécia, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse na segunda-feira não ter dúvidas de que a Suécia vai ser o 32.º Estado-membro, mas ainda há questões que têm de ser resolvidas com Ancara.

Estocolmo acredita na formalização da adesão à NATO na cimeira de julho deste ano em Vilnius, na Lituânia.

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