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Chega quer mudar nome do aeroporto de Lisboa

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Já Vasco da Gama e Infante D. Henrique, conhecidos pelos feitos de navegação, foram homenageados por infra-estruturas rodoviárias: uma ponte e uma espécie de auto-estrada. Agora o Chega quer mudar o nome do aeroporto de Lisboa para Amália Rodrigues. Faz sentido, Amália Rodrigues viajava muito de avião, João Paulo II também e nem se fala de Cristiano Ronaldo. Portanto, André Ventura também do pensamento de que “milhas oferecidas pela TAP” não chega, os “os passageiros frequentes” devem dar o nome a infra-estruturas aeroportuárias. Sim senhor. Afinal, até Sá Carneiro que morreu dentro de um avião mereceu o nome de aeroporto.

No entanto, o aeroporto já tem nome, chama-se Humberto Delgado, que foi um dos principais impulsionadores da aviação comercial em Portugal, mas isso é estranho porque não é habitual.

Talvez André Ventura tenha um problema com o nome de alguém que lutou e morreu pela Democracia em Portugal, que entre outras coisas, essa tal democracia possibilitou que André fosse eleito, lhe faça azia. A mesma azia que tenta combater o nome de Aristides de Souza Mendes por ter salvado milhares de judeus da câmara de gás letal. O argumento é de Aristides recebeu dinheiro em troca, mesmo sem apresentar prova alguma.

Daqui a pouco, os milhões de judeus morreram de tédio pelas excelentes condições que os nazis garantiam. Na minha opinião, quem diz mal tem que apresentar provas, mas no populismo basta a insinuação e a defesa de que possui a “imunidade parlamentar” que a Democracia lhe faculta. Mesmo se recebesse dinheiro, mais vale receber dinheiro por salvar seres humanos da morte eminente, do que lançar insinuações ao abrigo e escudo de uma prerrogativa que a Democracia lhe dá.

 

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