
Depois de cativas plateias na América do Norte, a Cesária Évora Orchestra prepara-se para reencontrar o público francês com uma digressão que se prolongará até março de 2026. O primeiro concerto desta nova etapa acontece já no dia 4 de junho, na sala La Marbrerie, em Montreuil, nos arredores de Paris.
Formada por nomes de destaque da música cabo-verdiana contemporânea — Ceuzany, Elida Almeida, Lucibela e Teófilo Chantre — a Cesária Évora Orchestra mantém viva a herança artística da “diva dos pés descalços”, interpretando em palco alguns dos temas mais icónicos da morna e da coladeira, com arranjos que cruzam tradição e modernidade.
Criada na sequência de uma série de concertos de homenagem realizados em 2012, após a morte de Cesária Évora em dezembro de 2011, a Cesária Évora Orchestra nasceu do desejo dos músicos que a acompanharam em palco de perpetuar o seu legado. Os primeiros concertos tiveram lugar em cidades como Toulouse, Lisboa, Amesterdão e Paris, reunindo artistas como Bonga, Lura, Angélique Kidjo, Mayra Andrade, Tito Paris e Ismaël Lô.
Em 2014, o projeto ganhou forma oficial com uma estreia no Kriol Jazz Festival, na cidade da Praia, em Cabo Verde. Desde então, a Cesária Évora Orchestra tem vindo a percorrer palcos internacionais, levando a música cabo-verdiana além-fronteiras.

A digressão em França inclui várias datas confirmadas em cidades por todo o país, que irão acolher o espetáculo vibrante da Cesária Évora Orchestra:
4 de junho – La Marbrerie, Montreuil
6 de junho – Festival Musiques Métisses, Angoulême
5 de dezembro – Festival Africolor, Théâtre Sarah Bernard, Goussainville
6 de dezembro – Festival Africolor, Théâtre des Bergeries, Noisy-le-Sec
13 de dezembro – Salle Jacques Brel, Fontenay-sous-Bois
18 de março – Le Colisée, Lens
19 de março – Rocher de Palmer, Cenon
20 de março – Festival Détours de Babel, L’Heure Bleue, Saint-Martin d’Hères
21 de março de 2026 – L’Arsenal, Metz
Cesária Évora continua a ser uma referência para milhões de lusófonos espalhados pelo mundo. A sua voz, profundamente ligada à cultura de Cabo Verde, transcendeu fronteiras e marcou gerações. Através do referido projeto, a artista continua presente na vida das comunidades da diáspora, para quem a morna representa não só música, mas também identidade, saudade e pertença.