A Casa da Quinta de Santiago e o respetivo aqueduto, na freguesia de Castelões, concelho de Vila Nova de Famalicão, foram classificados como monumento de interesse público, segundo portaria esta quinta-feira publicada em Diário da República.

Assinada pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Alexandra Rodrigues Cordeiro, a portaria refere que a Casa da Quinta de Santiago, de fundação medieval, está referenciada desde o início de Quinhentos, tendo permanecido na posse da mesma família até meados do século XX.

Acrescenta que o edifício atual configura um solar barroco, sendo o conjunto arquitetónico completado por um aqueduto situado num pequeno vale entre os lugares de Santiago e da Bouça, e pertença da Casa de Santiago.

“Presumivelmente erguido no século XVIII, é de feição muito semelhante ao aqueduto de Vila do Conde, constituindo um testemunho raro deste tipo de obras. Embora na atualidade alguns arcos se encontrem tapados, e a caleira que conduz a água do tanque de recolha tenha sido parcialmente destruída pelas obras da autoestrada Famalicão-Guimarães, o resto da estrutura conserva-se intacto”, lê-se ainda na portaria.

A sua construção teve como objetivo a condução de água de duas linhas para a casa e terras da Quinta de São Tiago.

O aqueduto é constituído por 17 arcos de volta perfeita, de traçado irregular, e seu estado de conservação é “razoável”, mas necessita de limpeza da vegetação existente, de forma a não deteriorar a pedra.

Para a secretária de Estado, a classificação daquele conjunto justifica-se pelo seu interesse como “testemunho notável de vivências ou factos históricos, pelo seu valor estético, técnico e material intrínseco, pela sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística, pela sua extensão e pelo que nele se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.

Pesaram também na classificação as “circunstâncias suscetíveis de acarretarem diminuição ou perda da sua perenidade ou integridade”.

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