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Carlos Conceição estreia primeira longa metragem no festival de Berlim

O filme “Serpentário”, primeira longa-metragem de Carlos Conceição, vai ter a sua estreia mundial na secção Fórum do festival de Berlim que terá lugar de 7 a 17 de fevereiro naquela cidade alemã. Este é também o primeiro filme assinado pela recém formada produtora Mirabilis de António Gonçalves e Carlos Conceição.

“Serpentário” segue um rapaz que vagueia por uma paisagem africana pós-catástrofe em busca do fantasma da sua mãe. É um filme emocional e muito pessoal sobre a memória, uma jornada sensorial de redescoberta que se vai transmutando entre a incursão autobiográfica do realizador em África – onde nasceu e viveu até aos seus 21 anos – e episódios da própria história de África.

A propósito do filme, Carlos Conceição revela: “Quando voltei para filmar o “Serpentário”, as memórias tinham se tornado filmes na minha cabeça. A guerra tinha sido um rito de passagem entre a ligação perdida com a História e a reinvenção das suas texturas e cores. O passado tornou-se uma aventura, um western, um filme-catástrofe, conforme observava o meu eu mais jovem a acertar contas com uma terra que o traiu de volta.”

A secção Fórum da Berlinale defende uma reflexão sobre o cinema, sobre o discurso socio-artístico. A sua programação visa expandir a definição de filme, testar os limites da convenção e abrir novas perspetivas para a compreensão do cinema e da sua relação com o mundo.

Carlos Conceição (na foto abaixo) não é um estreante em festivais de renome: em 2014, o realizador viu a sua quarta curta-metragem “Boa Noite Cinderela” apresentada na Semana da Crítica do Festival de Cannes, e “Versailles” apresentado na competição de Locarno em 2013. Fabien Gaffez, ex-programador da Semana da Crítica de Cannes, referiu-se a ele como “um dos mais interessantes jovens realizadores portugueses, explorando os seus filmes num estilo elegante, romântico, barroco e subversivo”. Em 2017, Carlos Conceição voltou a Cannes para apresentar a curta-metragem “Coelho Mau”, uma coprodução luso-francesa.

A estreia de “Serpentário” confirma mais uma vez o talento do jovem realizador, colocando-o novamente na rota dos mais importantes e relevantes festivais de cinema.

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