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Cardeal e ministra no funeral de Giovani em Cabo Verde

O cardeal D. Arlindo Furtado, de Cabo Verde, presidiu ao funeral de Luís Giovani, que faleceu após ter sido agredido em Bragança, e disse que é necessário cultivar a justiça e procurar “sementes de bem” neste acontecimento “trágico”.

“O trágico acontecimento que envolve a pessoa e a vida de Giovani tornou-se um acontecimento nacional e ultranacional, porque se trata da uma vida humana e ninguém tem direito de estrangular a vida humana”, afirmou o bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde.

O cardeal D. Arlindo Furtado lembrou que a vida humana de Giovani foi tirada “de forma trágica”, rejeitou “o ódio e a vingança” por este acontecimento e exigiu “justiça”.

Para o bispo de Cabo Verde, “a justiça que é absolutamente necessária para que as coisas possam funcionar numa sociedade humana”.

Luís Giovani dos Santos Rodrigues, de 21 anos, faleceu no dia 31 de dezembro de 2019, em Bragança, onde era aluno da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela, vítima de agressões que sofrera 10 dias antes.

Na homilia da Missa a que presidiu na paróquia de Nossa Senhora da Ajuda, no município de Mosteiros, ilha cabo-verdiana do Fogo de onde era natural Luís Giovani, o bispo de Santiago de Cabo Verde disse que esta morte fez gerar “sementes de solidariedade, amizade comunhão”.

O cardeal cabo-verdiano lembrou o acontecimento “trágico” que vitimou Luís Giovani, pediu para transformar a “tragédia em motivos de bênção” e lembrou que até os delinquentes podem “nascer de novo”.

D. Arlindo Furtado lembrou que o jovem estudante era colaborador da paróquia local e da diocese, onde aprendeu a ser “solidário com Jesus”, pertencia ao grupo coral, aos acólitos e aos escuteiros.

“Se ele aprendeu com Jesus a ser comunidade, a ser solidário, a pôr-se ao serviço dos outros, também merece que nós sejamos solidários com ele. Mas merece sobretudo que Jesus Salvador seja solidário com ele”, afirmou.

Em Bragança, onde faleceu, Luís Giovani foi homenageado com uma marcha silenciosa, no último sábado, a que se associou o bispo de Bragança-Miranda, como recordou o cardeal Arlindo Furtado, no fim da Missa Exequial.

“Nunca mais a violência! Nunca mais o ódio! Sim a mais fraternidade! Sim a mais Paz! Sim a mais cultura da Vida e do Amor”, pediu D. José Cordeiro nessa ocasião, na homilia da Missa a que presidiu, no final da marcha.

Esta sexta-feira, foram detidos cinco suspeitos das agressões a Luís Giovani e encontram-se em prisão preventiva a aguardar julgamento.

As cerimónias fúnebres de Luís Giovani, transmitidas em direto nas redes sociais, contaram com a presença da ministra da Educação de Cabo Verde, deputados do país e o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, que vai assinalar o seu dia a 28 de janeiro, estando prevista uma homenagem ao estudante cabo-verdiano.

 

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