A associação francesa Cap Magellan, reitera com firmeza a sua posição contra a extrema-direita, tendo em conta as próximas eleições legislativas francesas.
Em comunicado recente, a presidente da Cap Magellan, Lurdes Abreu, adverte sobre os perigos que a extrema-direita representa para os direitos e valores fundamentais da sociedade. “Não podemos ficar em silêncio perante a gravidade da situação”, declara a presidente. “A extrema-direita não oferece soluções para os problemas do país; pelo contrário, coloca em risco as conquistas alcançadas com tanto custo.”
A Cap Magellan destaca que o aumento do apoio a partidos de extrema-direita nas últimas eleições europeias é extremamente preocupante. “Se abrirmos os olhos para o que acontece nos nossos países vizinhos, podemos ver as consequências dramáticas da ascensão da extrema-direita ao poder”, alerta ainda. “Retrocessos em direitos fundamentais, como os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+, são apenas alguns exemplos.”
A associação francesa fundada em Paris em 1991 e composta principalmente por jovens franceses, lusodescendentes ou lusófilos, estudantes, alunos ou trabalhadores, recorda o passado ditatorial do país, afirmando: “Portugal já viveu sob a opressão de um regime de extrema-direita durante a ditadura mais longa da Europa no século XX. Não podemos esquecer os horrores desse período e os sacrifícios feitos para conquistar a liberdade e a democracia de que hoje desfrutamos.”
Face às eleições francesas, a Cap Magellan apela aos cidadãos: “No dia 30 de junho e 7 de julho, quando se dirigirem às urnas para cumprir o seu dever cívico, não deixem que o ódio dite o seu voto. Pensem no lema francês: ‘liberdade, igualdade, fraternidade’. Pensem em todos os direitos reconhecidos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Pensem em como conquistamos esses direitos e como eles ainda são preciosos hoje.”
A Cap Magellan reafirma o seu compromisso em defender os valores da democracia, da justiça social e do respeito pelos direitos humanos. “A extrema-direita representa uma ameaça a esses valores”, conclui Lurdes Abreu. “Compete a cada um de nós combatê-la e proteger aquilo que tanto nos custou a construir.”