BYD, ou seja, Build Your Dreams, pronuncia-se na versão abreviada “Bi-Uai-Di”, significa “Construa os Seus Sonhos”. Um nome cheio de poesia que começa a aparecer frequentemente nas estradas europeias, mas também nas notícias devido à batalha comercial que Europa e Estados Unidos travam com a China para tentar evitar que estas novidades automóveis vindas do Oriente inundem o mercado.
O risco para os fabricantes europeus é que os preços relativamente baixos da BYD, e de outras marcas chinesas, levem os consumidores a optar por estas novas opções que, apesar de nos parecerem recentes e inexperientes não o são.
A BYD, por exemplo, está longe de se uma start-up de seis meses, mas sim o carro eléctrico mais vendido na China há dois anos. A marca tem ainda no currículo o fabrico de baterias para automóveis, sendo fornecedor, nada mais nada menos, do que a Tesla.
Um dos mais fortes perturbadores do mercado por parte da BYD chega pode ser o Atto 3, um SUV 100% elétrico com 4,46 m de comprimento, que o BOM DIA testou por cortesia do grupo CAR Avenue.
A ficha técnica do Atto 3 não tem nada de surprendente, nem positiva nem negativamente: com um motor elétrico de 204 cv e uma bateria útil de 60 kWh com tecnologia LFP (fosfato de ferro-lítio) promete uma autonomia WLTP de 420 quilómetros.
O grande ecrã diagonal de 15,6 polegadas gira eletricamente da posição de paisagem para retrato (ou de horizontal para vertical, se preferirem).
Os bancos são bastante confortáveis e a apresentação é muito boa qualitativamente: não estamos de todo num carro de baixo custo, como evidenciam várias inserções de estilo alumínio ou algumas costuras no tablier. Ensaiámos o Atto 3 com uma cadeirinha de bebé e o espaço é generoso, permitindo um acesso fácil e confortável. A nossa pequena passageira também não se queixou de nada mas passou a viagem a tentar tocar guitarra nas portas…
A bordo descobrimos um interior original tanto no design como em alguns detalhes, e um deles são as cordas integradas em cada porta, que permitem tocar um pouco de guitarra!
Este interior é, por isso, uma boa surpresa, tanto mais que os bancos traseiros oferecem um bom espaço.
Nas estradas sinuosas do Luxemburgo, o Atto 3 também mostrou-se muito flexível na suspensão, sofrendo oscilações e inclinações sensíveis, acionando o ESP com movimentos mais abruptos do volante, mas, ao conduzir com calma, apreciará um bom nível de conforto graças a uma filtragem muito correta.
Certamente, o equipamento dos modelos de base já está bem abastecido (teto de vidro, bancos dianteiros eléctricos e aquecidos, bomba de calor) e a versão de topo de gama acrescenta ainda mais com uma porta traseira eléctrica, um carregador AC de 11 kW em vez de 7, um Ecrã central de 15,6 polegadas em vez de 12,8.
Se quiser descobrir o BYD Atto 3 contacte no Luxemburgo e Grande Região a BYD Luxemburgo e diga que vai da parte do BOM DIA.