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Bordéus não muda nomes de ruas mas explica-os

As ruas de Bordéus, em França, estão repletas de História, mas, para muitos, esta é a história da vergonha. A região é sinónimo de vinhos de qualidade, mas esta riqueza e glória foi construída também com recurso à escravatura. Para responder à exigências dos que apontam o dedo a inúmeras placas toponímicas, a cidade decidiu manter os nomes, mas contextualizá-los historicamente.

Aurélie Mathis, responsável do projeto “Mission Equality”, disse à televisão Euronews (veja reportagem abaixo): “A maioria dos habitantes de Bordéus acredita que isto é justo e bastante normal para explicar e dar contexto; não para apagar a História, porque isso é algo que não pode ser feito, mas para dar um contexto completo ao que aconteceu. A ideia é reconhecer que isto aconteceu e que pode voltar a acontecer, pelo que todos temos de estar vigilantes quanto a isso. E, de um modo geral, o público tem sido realmente compreensivo a este respeito”.

No centro de Bordéus, desde há alguns anos que podem ser vistas obras de arte com referência à escravatura. A cidade, que foi o segundo maior porto de francês de comércio de escravos no século XVII, tenta lidar com o passado através da informação, numa altura em que se assiste à destruição de obras de arte ou referências toponímicas, um pouco por todo o mundo.

 

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