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Bom Natal

© DR

Há quem diga que o ano de 2020 é um ano para esquecer.

Esperemos que não.

Esse tem sido um dos grandes problemas da humanidade. Esquecer com facilidade algumas lições que deveriam ser lembradas todos os dias.

Aprendidas, assimiladas, ultrapassadas, mas nunca esquecidas.

Tem sido um ano péssimo.

No entanto, os votos para este Natal são os mesmos de sempre. Que seja um santo e pacifico Natal para todos, cheio de amor, alegria, fraternidade e família.

Mas sabemos bem que para muita gente, infelizmente, não será assim.

Na ceia de Natal, se houver uma, para muitas famílias haverá sempre um lugar deixado vazio por alguém que partiu, um lugar de onde crescerá a dor da saudade, a cada minuto marcado pelos ponteiros do relógio, a dor insuportável da incerteza e fragilidade que é a vida e a nossa condição perante ela.

Para muitas famílias o lugar deixado vazio pela ausência de alguém muito querido, partindo precocemente, porque a morte vem sempre precocemente em qualquer altura, em qualquer idade, é a sombra que cobriu o sol dos nossos dias e enegreceu a nossa vida. É a fonte das incessantes lágrimas que a dor insuportável produz a qualquer momento, mas que na noite de Natal parece intensificar ainda mais.

Nessa noite haverá quem sinta a solidão mais intensa, quando intensa já o era antes.

Nesta mágica noite de Natal, a mais de vinte mil milhas do planeta terra, quem tivesse a oportunidade de o comtemplar a essa distância, saberia que, nesta bola largada num ponto qualquer do universo, há alegria, e sofrimento, tristeza e dor, tal e qual como em qualquer outro dia do ano, mas que nesta noite, por ser Natal, o seu significado tem uma intensidade muito maior.

Anyway, desejo ao fundador do Bom Dia, família e amigos, um santo e feliz Natal, que se estende a todos os que trabalham no jornal, colaboradores, leitores, e suas famílias e amigos.

Ao criador do blog, Tempo Caminhado, A todos os seus colaboradores, leitores, famílias e amigos, um santo e feliz Natal.

E na noite de Natal, bem como em todos os dias da nossa vida, certamente que iremos lembrar os que deixaram um lugar vazio à mesa, com a dor imensurável da saudade. Mas os que estão, mesmo no meio de uma conversa, uma gargalhada, ou apenas um sorriso, deixemos que os olhos, no silêncio de um subconsciente que nem sempre se manifesta, mas que está lá, possam dizer,

– Amo-te. Mesmo com os teus, e os meus, defeitos e qualidades, obrigado por fazeres parte da minha vida.

A todos, um Santo e Feliz Natal.

E para os que deixaram um lugar vazio à mesa…

Hoje, como em todos os dias da minha vida,

Há neste olhar, de expressão, perdido,

Memórias de ti, pela falta que me fazes

Depois da tua partida.

Mas os sentimentos e as saudades que me trazes,

São as memórias que aos meus dias dão sentido.

A saudade é um sentimento forte, sem igual,

É dor que em nós entra e nunca se vai,

Mas há mesa o teu lugar vazio, em noites de Natal,

Ilumina-se e, eu sei que é o teu sorriso para nós,

Pai.

 

António Magalhães

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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