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Bernardo Ivo Cruz: 2023 será difícil para as empresas portuguesas

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O secretário de Estado da Internacionalização assumiu este domingo que “2023 será mais difícil que 2022” para as empresas portuguesas, mas talvez não tanto quanto inicialmente previsto, destacando a importância de “diversificar o risco” e alargar as oportunidades de exportação.

“[O ano 20]23 será mais difícil que [20]22, mas talvez não seja tão mais difícil quanto nós temíamos no final do ano passado, quando as previsões indicavam recessões em mercados tão importantes como a Espanha, como a Alemanha, aqui na Europa, e noutros”, afirmou Bernardo Ivo Cruz em declarações aos jornalistas durante uma visita à comitiva de 33 empresas portuguesas presentes na feira de calçado MICAM, que decorre até quarta-feira em Milão, Itália.

À margem da visita, o governante admitiu que “o ano de [20]23 vai ser um ano mais difícil para toda a gente”. 

“Agora vamos ter que lidar com a inflação – que não conhecíamos, há anos que não lidávamos com a inflação -, as matérias-primas estão mais caras por causa da guerra e, portanto, as condições vão ser um bocadinho mais difíceis do que foram em [20]22”, detalhou.

Contudo, salientou, “os números e as previsões para Portugal em [20]23, [embora] diminuindo em relação a [20]22 – que foi um ano particularmente extraordinário”, em que Portugal foi dos países “que mais cresceu na Europa” – mostram que Portugal continuará a crescer”.

“Menos do que em [20]22, mas continuará a crescer”, enfatizou.

Segundo o secretário de Estado, “a preocupação” que havia de que alguns dos principais mercados de exportação da indústria portuguesa, nomeadamente na Europa, “pudessem entrar em recessão” mantém-se, mas em menor grau, já que “esse risco, pelo menos segundo indicam as últimas previsões, não será tão mau”.

Bernardo Ivo Cruz destacou a importância de as empresas manterem a aposta, já patente no programa Internacionalizar 2030, não só no reforço da presença nos mercados onde já atuam, mas também em “encontrar novos mercados e diversificar o risco”.

“Estamos a trabalhar com as empresas para permitir que haja abertura de outros mercados, reconhecimento de outros mercados que permitam diversificar o risco e para ter mais oportunidades de exportação, para não estarmos concentrados só em alguns mercados que possam eventualmente ter mais dificuldades neste ano”, salientou.

De acordo com o governante, este trabalho está a ser feito pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP)não só “com cada empresa em particular”, mas “também com conjuntos de empresas, porque é importante que as empresas portuguesas possam ajudarem-se umas às outras e possam reforçar a sua capacidade de internacionalização, repartindo o risco e repartindo do lucro desse exercício”.

“A maior parte das nossas empresas exportadoras são PME [pequenas e médias empresas] e, portanto, quanto mais pudermos trabalhar em conjunto nos ‘clusters’ e nas linhas e na cadeias de fornecedores, mais fortes elas serão e mais capacidade terão para enfrentar esses riscos”, considerou.

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