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Beira Baixa aposta na internacionalização

A Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) criou um gabinete de apoio à internacionalização para os seus associados, cujo objetivo é apoiar e facilitar o acesso das empresas aos mercados internacionais, foi anunciado.

“A internacionalização pode significar ir morrer mais longe. É necessário ter um cuidado muito grande, não chega só a vontade. É preciso cumprir um conjunto de pressupostos. A internacionalização é também correr um risco que deve ser bem pensado”, afirmou o presidente da AEBB, José Gameiro.

Este responsável, que falava durante a apresentação do projeto de Apoio à Internacionalização, que resulta de um protocolo estabelecido de parceria entre a AEBB e a Market Access, Consultores em Negócios Internacionais.

“Gostava muito que valesse a pena este desafio para aquilo que as empresas possam vir a necessitar de nós. É isso que nos leva a fazer mais iniciativas desta natureza”, frisou.

José Gameiro defende que a internacionalização é uma saída para muitas empresas face “à pequenez do mercado” nacional para certos produtos ou serviços.

Contudo, realça que é necessário criar hábitos de competitividade: “O foco na competitividade pode fazer a diferença”.

A AEBB abrange 11 concelhos do distrito de Castelo Branco e tem atualmente duas centenas de empresas associadas que representam 8.000 postos de trabalho e mil milhões de euros de faturação.

Já sobre a dimensão dos associados da AEBB, dois por cento diz respeito a grandes empresas; oito por cento a médias empresas; 30% a pequenas empresas e 60% a microempresas, sendo que 150 milhões de euros da sua faturação correspondem à exportação, ou seja, 33% do volume de exportações da região da Beira Baixa.

Com a criação do Gabinete de Apoio à Internacionalização, os associados vão ter o apoio de especialistas da Market Access para perceber as suas necessidades efetivas e no apoio ao acesso aos mercados internacionais, de uma forma mais fácil, rápida, eficaz e mais barata.

Vão ainda usufruir de serviços individualizados na seleção de mercados prioritários, apoio na tomada de decisões, na participação em feiras internacionais e na promoção internacional dos seus produtos.

Alexandre Nogueira, da Market Accesss, reafirmou que a internacionalização “é um risco que” pode “fazer morrer mais longe”.

Adiantou que a parceria com a AEBB tem como objetivo diminuir ao máximo esse risco para as empresas.

“Queremos abordar cada empresa de uma forma individualizada e com um diagnóstico ajustado a cada uma”, frisou.

Este responsável recorda que não há soluções transversais para a internacionalização e defende que é necessário ver se cada empresa está ou não capacitada para o fazer.

“O financiamento deve ser a última coisa a ser pensada [na internacionalização], apesar de haver linhas de financiamento para isso”, concluiu.

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