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Autarca lusodescendente não tirou férias para “por ordem” em Méry-sur-Marne

Isabel Frade ganhou em junho as eleições municipais em Méry-sur-Marne, uma pequena aldeia na região parisiense, depois de meses de calúnias e discriminação devido às suas origens portuguesas, encontrando uma autarquia ao abandono que está a tentar recuperar.

“Este ano tive de anular as minhas férias em Portugal porque passo os dias inteiros, desde as cinco da manhã às 11 da noite aqui na câmara, para pôr ordem nas coisas”, contou Isabel Frade, em declarações à agência Lusa.

Há cinco anos, Isabel Frade mudou-se para Méry-sur-Marne, uma aldeia de 704 habitantes num ambiente idílico junto à capital, e sentiu que tinha “legitimidade” para se candidatar à autarquia.

No entanto, não imaginava que a sua candidatura despertasse ofensas e ameaças por parte da oposição, nomeadamente devido às suas origens.

“Foi muito complicado. Para começar, porque sou de origem portuguesa, as pessoas que se apresentaram contra mim, que pertenciam ao antigo executivo, fizeram-me a vida negra”, lembrou a autarca.

A disputa eleitoral nesta pequena localidade francesa deu origem a sete queixas por parte de Isabel Frade por ameaças e discriminação – que ainda estão a ser investigadas -, mas não a desviaram do seu objetivo.

 

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