Apagão: Sánchez revela que “desapareceram” 15 gigawatts de energia

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez apareceu no Palácio da Moncloa pela segunda vez na segunda-feira, quase onze horas depois do apagão que afetou a Península Ibérica. Fê-lo sem esclarecer a origem do sucedido, como na sua primeira aparição, embora tenha afirmado não descartar nenhuma hipótese, ao mesmo tempo que admitiu que “não temos informações conclusivas”.
A única coisa certa, explicou o presidente, é que às 12h33 (11h33 em Portugal), 15 gigawatts de geração “desapareceram” do sistema, segundo a Red Eléctrica, durante cinco segundos. “Isto nunca tinha acontecido antes. Representa 60% da procura do país naquela altura”, disse o governante espanhol.
Pedro Sánchez afirmou que está em contacto com o Rei e com os grupos parlamentares, bem como com os seus parceiros da União Europeia (UE) e da NATO, enfatizou. Afirmou ainda que “estamos conscientes do tremendo impacto e da grave importância do que aconteceu”, especialmente, explicou, devido às “perdas económicas” e à “angústia” vividas em muitos lares espanhóis. Embora tenha sempre pedido “calma”, pediu aos cidadãos que procurem informação através dos canais oficiais para evitar “fraudes que polarizam e causam agitação”, e fez algumas recomendações práticas. Isto inclui o “uso responsável dos telemóveis”, com chamadas curtas e apenas as estritamente necessárias, sobretudo em casos de emergências através do telefone 112, e a minimização das viagens. O presidente falou em “horas críticas” no país.
O primeiro-ministro anunciou primeiro que o mecanismo conhecido como “crise elétrica” foi declarado e confirmou que será implementado nas três comunidades autónomas — Andaluzia, Extremadura e Madrid — que solicitaram emergência de Nível 3 da Proteção Civil esta segunda-feira. “O Governo, como se esperava, aceitou o seu pedido e assumirá a gestão. E fará o mesmo com outras comunidades que o desejem”, afirmou. Até ao final da noite, oito comunidades autónomas o solicitaram.