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Luxemburgo

António Gamito: há questões que não se devem discutir na praça pública

A justiça luxemburguesa condenou o Estado português ao pagamento de várias indemnizações, num total de cerca de 20 mil euros, no caso do despedimento de uma empregada de limpeza da Embaixada de Portugal no Luxemburgo, um caso que mereceu destaque tanto na imprensa portuguesa como no Luxemburgo.

O Embaixador de Portugal, António Gamito, lamenta que esta questão esteja a merecer uma tal relevância: “nem Portugal nem a OGBL deviam estar a discutir o assunto na praça pública”. O diplomata refere-se ao facto de os jornais darem destaque ao assunto, mas também à “insistência” da central sindical que, considera António Gamito, deveria mostrar mais “contenção”. “Devemos respeitar a decisão dos tribunais; vamos acatar a sentença, porque vivemos num Estado de Direito”, acrescenta.

O embaixador insiste ainda no facto de a solução judicial não ter sido no interesse da empregada de limpeza porque “a sentença ficou longe dos mais de 120 mil euros que a senhora pediu”. Recorde-se que o Estado português foi condenado a pagar cerca de 20 mil euros, aguardando-se ainda a decisão dos tribunais relativamente ao subsídio de desemprego da empregada que a OGBL  considera irá resultar numa “inevitável condenação da Embaixada de Portugal no Luxemburgo ao pagamento da indemnização devida por esse mesmo subsídio”. António Gamito aguarda a decisão e considera que a acatará, “como é natural”.

O embaixador, como tinha declarado anteriormente ao BOM DIA, continua a defender que o acordo extrajudicial que o Estado português propôs teria sido mais vantajoso para a empregada, mas como ela decidiu seguir a via do contencioso “acabou por receber uma indemnização menor, já que a nossa proposta era de lhe atribuir 35 mil euros”.

António Gamito disse ainda ao BOM DIA que não pedirá recurso da decisão do tribunal.

 

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