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Alguma vez foi ao Museu de Tapeçaria de Portalegre? 230 mil pessoas já

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Um total de 230 mil visitantes já passou pelo Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino, desde que foi inaugurado há 23 anos, e, anualmente, “25%” das visitas são de turistas estrangeiros.

O equipamento, que assinala no domingo e na segunda-feira o seu 23.º aniversário, é mesmo o espaço museológico mais visitado do concelho de Portalegre, realçou hoje Laura Galão, vereadora daquela câmara municipal alentejana, em declarações à agência Lusa.

“O museu da tapeçaria é, de longe, o museu mais visitado do nosso concelho e atrevia-me quase a dizer do distrito. Nós temos, desde 2001, dados que nos levam a valores estimados de 230 mil visitantes”, disse.

De acordo com a autarca, anualmente, um quarto destas visitas, ou seja, 25%, é realizada por turistas estrangeiros.

“É um museu com uma grande importância para o desenvolvimento económico do nosso concelho, pelo que representa a tapeçaria de Portalegre no nosso contexto de património”, frisou.

Enquanto decorre o processo requerido pela Câmara de Portalegre de abertura do procedimento de classificação do museu como monumento de interesse municipal, o executivo vai assinalar o aniversário daquele espaço com uma programação “ousada”, segundo Laura Galão.

As celebrações arrancam no domingo, a partir das 09:30 e até às 18:00, com uma visita livre ao museu e à exposição temporária “A Gare Marítima de Alcântara”, por Almada Negreiros, com peças pertencentes ao Montepio Geral – Associação Mutualista e de um colecionador privado.

Pelas 16:30, vai ser inaugurada a exposição “Donde Las flores se convierten…”, de Barbara Walraven e Bert Holvast.

À noite, pelas 22:15, está anunciado o espetáculo de ‘videomapping’ intitulado “Tapeçaria de Portalegre: a História, o Processo e a Obra”.  

Na segunda-feira, vai ter lugar o espetáculo musical “Viagem”, protagonizado pela Banda Euterpe de Portalegre e pela soprano Filomena Silva, com início pelas 21:30.

As comemorações fecham, a partir das 22:15, com a repetição do espetáculo de ‘videomapping’ da noite anterior.

Inaugurado em 14 de julho de 2001, o museu presta homenagem ao industrial Guy Fino, que colocou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de tapeçaria artística, e enaltece também a arte contemporânea.

Com áreas para exposições permanentes e temporárias, o espaço fica situado entre as muralhas medieval e setecentista da cidade.

No piso térreo do museu, é possível conhecer a história e a técnica de execução das tapeçarias de Portalegre, enquanto, no primeiro piso, estão expostas obras de tapeçaria desde os finais da década de 1940 até à atualidade.

Neste espaço podem ser também apreciadas obras de vários autores, como Almada Negreiros, António Charrua, António Dacosta, Carlos Botelho, Eduardo Nery, Emília Nadal, Graça Morais, Jorge Martins, Júlio Pomar, Lourdes Castro, Manuel Amado, Manuel Cargaleiro, Menez, Nadir Afonso, Vieira da Silva, Bruno Munari, Jean Lurçat e Le Corbusier.

O museu possui ainda uma divisão alternativa para exposições e um auditório com capacidade para 112 pessoas, além de um jardim e espaços públicos com capacidade de adaptação a diversas atividades de caráter cultural, artístico e lúdico.

Ao longo de mais de duas décadas, o espaço tem acolhido exposições consideradas “emblemáticas”, tais como a “Tapeçaria e desenho”, de Cruzeiro Seixas, “A garota do Calhau”, de Nini Andrade Silva, “Vieira da Silva e outros retratos”, de João Cutileiro, e mostras dedicadas a Almada Negreiros e Maria Keil.

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