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Alemães entre os que mais compram em Portugal

A Alemanha é um dos principais parceiros comerciais de Portugal, destacando-se em 2020 como o terceiro maior cliente das exportações de bens (quota de 11,8%) e o segundo fornecedor (peso de 13,3%), segundo o INE.

Apresentada pela Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) como “a quarta economia mundial, o maior mercado da União Europeia e um dos principais exportadores e importadores (ocupa a terceira posição, a nível mundial, em ambos os fluxos)”, a Alemanha tem 82,8 milhões de habitantes, detentores de um elevado poder de compra.

Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ na Alemanha ascendeu a 45.781 dólares (cerca de 38.626 euros), quase o dobro dos 19.662 euros em Portugal.

“A Alemanha é um dos principais parceiros de Portugal, sendo recomendável uma abordagem estratégica, estruturada e persistente ao mercado, o qual continua a apresentar oportunidades de negócio em diferentes áreas”, considera a AICEP.

Segundo a agência portuguesa – cuja missão é promover a internacionalização das empresas portuguesas, apoiar a sua atividade exportadora e captar projetos de investimento estruturantes – na Alemanha “existem setores com procura sustentada, como sejam os consumíveis e equipamentos hospitalares, indústria química e farmacêutica, energias renováveis e mobilidade”.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), ao longo do período 2016-2020 verificou-se um crescimento médio anual de 2,5% das exportações portuguesas para a Alemanha e de 2,9% das importações.

No ano passado, a balança comercial de bens entre os dois países foi desfavorável a Portugal, tendo apresentado um défice de 2.668 milhões de euros.

Na estrutura das exportações destacam-se as ‘máquinas e aparelhos’ (29,8% do total), os ‘veículos e outro material de transporte’ (19,1% do total), os ‘instrumentos de ótica e precisão’ (9,3% do total), os ‘plásticos e borracha’ (6,4% do total) e os ‘produtos químicos’ (5,7% do total).

Já os principais grupos de produtos importados foram as ‘máquinas e aparelhos’ (29,6% do total), os ‘veículos e outro material de transporte’ (21,8% do total), os ‘produtos químicos’ (17,5% do total), os ‘plásticos e borracha’ (6,2% do total) e os ‘metais comuns’ (5,4% do total).

Conforme nota a AICEP, em 2020 a Alemanha registou “uma contração económica de 5,3% como resultado do impacto da pandemia de covid-19”, tendo o consumo privado e o investimento registado também “uma queda assinalável”.

Segundo a agência, “a importante dimensão do setor industrial e a forte dependência das exportações” tornam a economia alemã “muito exposta à diminuição da procura a nível global”, mas “é expectável uma recuperação parcial da atividade económica ao longo do ano em curso (3,7% segundo projeções da Economist Intelligence Unit – EIU), em linha com a conjuntura económica internacional e presumindo que o esforço contínuo de vacinação leve a um alívio das restrições”.

Dados do Comtrade apontam que a Alemanha registou, em 2020, um excedente da balança comercial de 211 mil milhões de dólares, um recuo de 65 mil milhões de dólares face a 2016 e de 42 mil milhões de dólares em relação a 2019.

A taxa de cobertura das importações pelas exportações situou-se em 118,0%, 2,4 pontos percentuais abaixo do registado em 2019.

No ano passado, as importações globais da Alemanha ascenderam a 1.171 mil milhões de dólares, contra 1.240 mil milhões de dólares em 2019.

Os cinco principais grupos de produtos importados foram as ‘máquinas e aparelhos’ (25,5% do total), os ‘produtos químicos’ (13,0% do total), os ‘veículos e outro material de transporte’ (12,1% do total), os ‘metais comuns’ (7,3% do total) e os ‘combustíveis minerais’ (6,7% do total).

Também de acordo com o Comtrade, os cinco principais fornecedores da Alemanha em 2020 foram a China (11,4% do total), os Países Baixos (7,7% do total), os EUA (6,7% do total), a Polónia (5,7% do total) e França (5,5% do total). Estes países representaram, em conjunto, 37,0% do valor das importações.

No que se refere às exportações alemãs, somaram 1.383 mil milhões de dólares em 2020 (1.493 mil milhões em 2019), destacando-se as ‘máquinas e aparelhos’ (28,2% do total), os ‘veículos e outro material de transporte’ (18,0% do total), os ‘produtos químicos’ (14,5% do total), os ‘metais comuns’ (7,0% do total) e os ‘instrumentos de ótica e precisão’ (5,6% do total) como os cinco principais grupos de produtos exportados.

Em termos dos principais mercados clientes da Alemanha, em 2020 foram os EUA (8,6% do total), a China (8,0% do total), França (7,5% do total), os Países Baixos (6,4% do total) e o Reino Unido (5,5% do total). Estes países representaram, em conjunto, 36,1% do valor das exportações.

Dados do EIU, do WEF – Global Competitiveness Index 4.0, do WB – Doing Business 2020 e do IT – Corruption Perceptions Index colocam a Alemanha no 9.º de 82 lugares no ‘ranking’ global do “Ambiente de Negócios”, na 7.ª posição (entre 141) ao nível da competitividade, no 22.º posto (entre 190) em termos de facilidade de negócios e no 9.º lugar (entre 179) no que se refere à transparência.

Numa escala em que AAA=risco menor e D=risco maior, o risco geral da Alemanha está no nível Aaa e o risco económico é AA.

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