A simetria de um poeta, ou atleta,
Ou de um cometa? De outro planeta?
De Vénus, Mercúrio que tem água,
Ora essa. Que treta.
Simetria qual? Do poeta que anda nas nuvens?
Que ficou sem rimas e canta a trova de asteróides!
Simetria, conheço a pura alegria
Quando soletro solicito puros gritos
De um poema nato, narciso com letras
Com um largo sorriso que mata
E desata uma letra tamanha
E que não acata qualquer simetria.
Simetria: a de teu corpo, ou da minha
Barriga? Oh! Que coisa feia e inestética…
A simetria do Sol, dos sóis vermelhos
Dos Ícaros? Te vejo formosa e brilhante
Em teu quarto, contemplando os espelhos.
De sobremesa saboreias poemas suculentos
Com toucinho, vinho do porto e talento.
E as simetrias? Essas leva-as o vento.
Simetrias? Quais? As tuas, ou de um poeta?