Um discurso voa, mas a poesia permanece
A poesia é uma borboleta com sua beleza
Há tanto lugar, e tanta forma de a descrever
A poesia é universal e não somente portuguesa.
Vou expô-la na Câmara e na rádio Vouzela
Para que o Senhor Morgado a possa declamar
Ao por do sol deixo a ir banhar-se no rio Zela
Vou embelezá-la para que a possam amar.
Vou mostrá-la nas escolas e nas universidades
Aos camponeses, aos idosos e aos pedreiros
Professores, magnatas, pobres e crianças
Nunca esquecerei os médicos e os enfermeiros.
Vou mostrá-la aos pastores e aos estudantes
Vou levá-la aos hospitais por que poesia é arte
Um discurso voa, mas a poesia essa permanece
Vou levá-la ao parlamento, cadeias, sim, a toda a parte!
José Valgode