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A noite

Cruzam-se seres na noite
A vida da noite não muda
E tu? Tu hoje não és uma pita
Tu observas atentamente em silêncio
Hoje és rainha de ti
Vês os preconceitos
E todo o tempo perdido
Dessa gente que sai e sai
Que procura algo, alguém
Uns sem mesmo o saberem
Uns negam, outros desesperam
Mas a noite na noite não muda
Mulheres e homens não evoluíram
Homens e mulheres ficaram intatos no passar da cronologia das eras e séculos
O mundo das redes, a tecnologia veio criar mais distância nas relações
“Ai, o meu querido telemóvel, preciso observar onde o ‘mundo’ anda no meu Fakebook…”
Elas queriam ou não… talvez… mas julgam-se tanto… ou falsas provocadoras inventam o cenário delas para eles, inventam-se mulheres e seduzem, querem… sim… não… talvez um dia…
Eles gostariam conhecer… deliciar-se… ou até ter um número de telemóvel escrito na palma da mão!
Mas… nada!
Porquê? Porquê?
Homens e mulheres
Mulheres e homens
Cruzam-se
Olham-se
Desviam olhares
“Será?” “Não….!?” “Sim”
E as danças endiabradas delas
Deixam os pensamentos deles
a transpirar
Será timidez????
Não!
É muito mais que isso!
Poucas são as pessoas que sabem socializar
Bebem e bebem
Dançam nos grupos impenetráveis
Não sabem falar com o corpo
Evitam o contacto
Por medo
Medo de conseguirem serem eles ou serem elas e serem rejeitados, julgados!
Ai, ai… o julgamento, o nosso julgamento que nos impede de sermos nós, de ouvir as mensagens do corpo, de sentir o cérebro a querer tudo controlar e de manter uma vida igual à que têm desde sempre!

E é assim que a maioria dos seres da noite se vai deitar na almofada da vida estática e infeliz que eles criaram e de onde não conseguem sair!

BV 31.08.2019

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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