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A ida do homem à Lua

– Rápido, anda ver querida, ele está a dar os primeiros passos!

– Ai querido, que emoção! Não me digas que o nosso bebé já anda.

– Nada disso! Estou a falar do Neil Armstrong que está a dar os primeiros passos na Lua…

E foi assim, há 50 anos, que a Humanidade assistiu aos primeiros passos do homem na Lua. Bem… pelo menos a parte da Humanidade que tinha acesso à televisão. À outra parte da humanidade restava-lhe acreditar, ou não, na parte que tinha visto. Coisas da vida! E mesmo daquela parte que viu nem todos acreditam que o homem foi efectivamente à Lua. Pensam que tudo não passou de uma grande encenação montada pelos norte-americanos. Ora, os norte-americanos jamais seriam capazes de encenar o que quer que fosse como se tem visto, por exemplo, nas guerras que têm iniciado no Golfo Pérsico.

E o que é que a Lua tem assim de tão especial e fantástico para que se gastem milhares de milhões num programa espacial para colocar lá um homem? Aparentemente…nada! Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar o satélite natural da Terra, descreveu a superfície da Lua como “magnífica desolação’. Nem uma pepita de ouro, nem uma árvore para refrescar da missão Apollo 11, nem uma nativa lunar que fizesse a socialização dos astronautas terráqueos… nada de nada! Então o porquê da missão lunar? A corrida à Lua assemelha-se à forma como muitos conquistadores de meia-tigela veem a conquista de uma mulher: se sabem que o seu arqui-inimigo tem interesse na Joaquina, eles vão dar o tudo por tudo para conquistar a Joaquina, vão fazer o possível e o impossível para serem o primeiro a tocar no coração da Joaquina, independentemente dos recursos que tenham que mobilizar para tal empreendimento romântico. O que interessa é chegar ao coração da Joaquina antes do seu arqui-inimigo! O mesmo se passou na corrida à Lua: Vista da Terra até que parece bonita! “Vamos conquistá-la antes dos malditos soviéticos” – assim sonhou e ordenou John F. Kennedy. Dito e feito: a 20 de Julho de 1969 o homem chegava com o seu pénis à Lua e no dia seguinte pishava… perdão…pisava a Lua. Sim, a missão Apollo 11 não integrou nenhuma mulher: apenas homens! À luz dos valores dos nossos dias tratou-se, portanto, de uma missão sexista e discriminatória. Quem sabe se tivesse sido uma mulher a primeira a pisar a Lua, esta tivesse tido uma observação bem mais positiva e agradável sobre o satélite natural da Terra: “O ambiente para já está muito cinzento, mas com uns cortinados em seda rosa, umas carpetes em tons azul-bebé e um candeeiro de pé alto a imitar o Sol a Lua vai ficar um mimo, acreditem!”.

Assim, depois de milhares de milhões de dólares gastos e de mais de um milhão de quilómetros percorridos o que é que se concluiu com a missão Apollo 11? A gaja é feia como o caneco, só tem cinzas e cacos sem valor, pelo que não vale a pena investir nela nos próximos 50 anos: cancelem todas as missões previstas! Segredos da Lua? Apenas algo que Armstrong terá deixado numa cratera lunar como forma de homenagem à sua filha, vítima de um tumor cerebral com apenas dois anos de idade. Será talvez este o segredo mais bem guardado da Lua.

Donald Trump parece querer dar uma nova força à exploração espacial tripulada, em que a Lua aparece como trampolim para Marte. Força Trump, boa viagem até Marte! Quem também parece muito interessada na exploração da Lua é a China tendo, inclusive, já pousado um módulo (Chang’e-4) no lado oculto do satélite natural da Terra, ambicionando lá construir uma base. Não tarda nada teremos a Lua cheia de armazéns e lojas chinesas prontas a reabastecer os viajantes inter-galácticos: “Estabelecimentos Lua Xeia Xeia”.

Fomos à Lua, sim senhor. Representou “Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a Humanidade”, tal como nos disse Armstrong (a propaganda norte-americana não teria feito melhor). Ok… não é todos os dias que se vai à Lua, isso é verdade! Mas que fique bem claro, à guisa de conclusão, que mais facilmente o homem vai à Lua do que a humanidade evolui nos seus valores e mentalidades. Mais facilmente o homem vai à Lua do que a Humanidade se comove ao ver os imigrantes que todos os dias morrem no Mediterrâneo em busca de uma vida digna e justa e a prova disso é que passados 50 anos da conquista da Lua continuamos a eleger Trumps, Bolsonaros e governos onde pululam Salvinis…

 

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