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A carapuça

Há uns tempos fui à Figueira da Foz pela auto-estrada. Estava distraído e também com pressa e nem me apercebi que circulava a 160km/h. Porém, a Brigada de Trânsito apercebeu-se mandou-me parar junto às portagens de Montemor-o-Velho.

Aleguei que estava distraído e com pressa, pois ia em socorro da minha bisavó, coitadinha e entrevadinha, que necessitava do meu auxílio, também pedi desculpa e que não voltaria a acontecer.

Pensei que o assunto ficaria resolvido por aí, tanto mais que estava quase no final da viagem. Eles riram-se, aperceberam-se que era mentira e começaram a passar a multa que também trazia em anexo uma inibição de condução durante dois ou três meses. Fiquei furioso e argumentei que tal multa era puro delírio oportunista rodoviário e não iria ceder, que tal não deveria permitido nos últimos quilómetros de uma viagem.

Eu não seguia sozinho no carro, levava comigo três amigos que também ficaram indignados com esse abuso por parte dos agentes da autoridade e logo a mim, um tipo porreiro. Afirmaram que os agentes estavam a agir com cinismo e oportunismo.

Um desses agentes disse então que não tinha sido oportunismo. Apenas oportuno, pois tinha colocado em risco a vida de três cidadãos que circulavam no mesmo sentido e mais à frente tinha havido um acidente.

Que parvos pá, não fiz mal a ninguém, assumi o erro e jurei que não voltaria a acontecer. Os burros só quiseram que eu ficasse sem carta de condução e pagasse uma multa.

Pedro Guimarães

 

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