– Tu, o eterno viandante, o passageiro sem destino, o perdido e o achado, o aventureiro incidental, o amante inconstante, o poeta boémio, o escriba de outros mundos, porque te deixas ficar na minha praia?
– Gosto da espuma dos teus dias, da tua baía na minha boca, desta costa que se deixa desenhar pelos meus dedos ledos e litorais, é linda nos meus braços. Sabes, a verdadeira liberdade é decidir a quem se quer estar preso.
– Mas, olha, não te apaixones!
– Tu também não, miúda, tu também não…
Mal sabíamos nós.
JLC23022017 (in ‘Diário de A.’)
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