O primeiro parque de campismo naturista no interior do país abre na quarta-feira, em Marvão, no Alto Alentejo, numa área de 10 hectares, disse hoje à agência Lusa um dos promotores do projeto.
Localizado em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, o parque de campismo naturista disponibiliza diferentes serviços relacionados com o turismo de natureza, como passeios pedestres e programas de repouso e relaxamento, além de piscina e de um espaço de convívio.
“Apostamos na economia da felicidade. Não esperamos enriquecer com este projeto, mas apostamos num sítio onde existe qualidade de vida e que nos permite viver disso mesmo”, disse à Lusa Nuno Frade, um dos promotores do projeto.
O parque de campismo naturista está situado na Quinta do Maral, junto à aldeia de Cabeçudos, no concelho de Marvão, distrito de Portalegre, no Parque Natural da Serra de São Mamede.
“O trunfo que temos para apresentar é esta região de excelência, conhecida por ´Sintra do Alentejo`, com a vantagem de não ter por perto o Cacém ou Mem Martins”, em Sintra, no distrito de Lisboa, ironizou.
Reconhecendo que “gostaria” de ter inaugurado o espaço em 2013, Nuno Frade explicou que o projeto só agora é concretizado, devido a questões burocráticas.
Os aspetos burocráticos, relacionados com a legislação para a regulamentação dos parques de campismo, “foram terríveis de ultrapassar”, lamentou.
O projeto contou com um investimento de 100 mil euros, suportados em 60 por cento pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
“Com este projeto, esperamos cativar visitantes portugueses e atingir o mercado estrangeiro, principalmente turistas oriundos da Holanda, Bélgica, Alemanha e França”, disse.
Contactado pela Lusa, o presidente do município de Marvão, Vítor Frutuoso, congratulou-se com a concretização do projeto, afirmando ser uma “mais-valia” para a região.
“É positivo, porque aumenta a nossa diversidade da oferta. Os empreendedores são jovens, largaram o meio urbano para vir para o interior e apresentaram mais uma solução de desenvolvimento”, disse.
O autarca manifestou-se otimista quanto ao futuro do projeto, considerando que é mais uma forma de Marvão “criar alternativas económicas” e dar continuidade à perspetiva de manter o concelho com “vida e sustentabilidade”.