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Zeca Afonso no Panteão

© DR

Zeca Afonso ao Panteão? Não. A SPA, Sociedade Portuguesa de Autores, propõe-se levar os restos mortais de Zeca Afonso para o Panteão Nacional.

Foi coisa que ainda não lembrara a Marcelo Rebelo de Sousa, o que significa que a coisa se apresenta bem encaminhada.

Sem clichê ou retórica, Zeca Afonso não quer isso. Não quereria e não quer mesmo.

Ademais apouca a honra, o honor que Zeca Afonso nos merece. Essencialmente pela banalização que se deu, que se dá, hoje, ao Panteão Nacional.

Nunca poderá ser esquecido, ou ignorado, argumenta-se, e ainda, porque embora nunca se haja debatido por actos de consagração ou de reconhecimento – aventa-se de novo.

Sophia de Melo Breyner Andersen não gostaria de ter esse destino há quatro anos e estou convencido que Humberto Delgado e Garrett , Aquilino ou Junqueiro. Nem sei se mesmo Eusébio da Silva Ferreira.

Deixe-se Zeca onde está pela fatalidade que se tomou dele demasiado cedo, ainda que eu diga sempre que qualquer idade para se perecer é sempre extemporânea.

Zeca Afonso é povo e do povo. Um democrata, um homem recto como “é” Zeca tem de estar acessível a este.

Divulgue-se mais ainda José Afonso. Fale-se dele, ouçamo-lo, mostremo-lo à beça mas deixemo-lo onde está.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

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