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Vítimas de AVC têm falta de apoio na fase de reabilitação

A Associação Nacional AVC alertou  as entidades governamentais para a urgência de se implementar um novo modelo de intervenção ao nível da reabilitação das vítimas de acidente vascular cerebral em Portugal.

Segundo a associação, “o número de sessões comparticipadas pelo Ministério da Saúde é inegavelmente insuficiente e em grande parte de discutível qualidade. Além disso, à exceção de Alcoitão e do Centro de Reabilitação do Norte, não existem unidades de reabilitação e de promoção da autonomia com condições de excelência e específicas para estes doentes”.

Por outro lado, “existe uma realidade alarmante quando olhamos para as famílias de um doente de AVC, muitas delas com dificuldades em proporcionar um contexto digno e humano ao seu familiar”, considera a presidente desta associação nacional de doentes, Clara Fernandes, que falava a propósito do Dia Nacional do AVC, que se assinala terça-feira (31 março).

“Temos cuidadores que acolhem no seu seio doentes dependentes com muitas vulnerabilidades sociais, económicas e psicológicas. Contextos com carência de alimentos e medicação e com um acompanhamento médico altamente deficitário”, sublinhou.

De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional AVC, “seis portugueses sofrem um acidente vascular cerebral por hora, resultando em duas a três mortes”.

O estilo de vida atual, os maus hábitos alimentares, o sedentarismo e o tabaco colocam em risco “85% da população portuguesa”.

“Estes números refletem um cenário preocupante e que necessita de uma atuação urgente por parte do Governo do ponto de vista da prevenção e sensibilização para os fatores de risco do AVC. É imperativamente necessário refletir e operacionalizar uma política eficiente e concertada inclusive com a única associação nacional de doentes para em conjunto diminuirmos esta enfermidade”, afirma Clara Fernandes.

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