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Vinte e quatro e meio de Abril

Há hoje quarenta anos, votaram (ou deitaram, como então se dizia e lembro um episódio curioso…) seis milhões de portugueses nas primeiras eleições livres ou em liberdade.

Em 2011 face aos números registados, encontraram-se 894 mil eleitores a mais e as urnas abriram com abstenção de 9,4%.

De eleição para eleição o número de eleitores diminui vergonhosamente. Sinal do desinteresse por quem e o que se lhes apresenta a sufrágio.

Se há quarenta anos grande parte dos seis milhões que se apresentaram a votar, não sabiam em que partido votar, quem eram os protagonistas, ou “votaram à sorte”, puseram “para lá uma cruz”, hoje as coisas não deviam ser assim.

Mas podem ser assim. Infelizmente.

São. O povo movimenta-se e entusiasma-se muito mais em torno do futebol profissional e endeusa candidatos dos clubes e vincam que se fosse para a presidência da República, não estavam naquelas enormes e desconfortáveis filas.

O facto relevante é que ainda hoje e os que vão brevemente votar, continuam sem saber em quem fazê-lo. Fala-se nos partidos do arco da governação. Quem entende essa simples farsola, sabe em quem “botar”.

Porque será eleito ou sucedâneo, tem familiares, amigos, afilhados e sobrinhos que o vão ser. Há ainda uma boa franja que se alimenta da pane… Ia dizer panela… Alimenta na loiça Vista Alegre.

Desde o primeiro dia de uma eleição até ao último dia da eleição que faz terminar aquele mandato, quase toda a gente disse umas pantominices, derivado que vai vendo e ouvindo…

E isso não é suficiente nem para ter opinião nem para votar por cabeça própria.

Mário Adão Magalhães 015/04/25 22, 12h
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico).

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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