Curiosamente a personalidade que dá nome à cidade de Guimarães e aos vimaranenses, Vímara Peres, ainda não tem referência toponímica na cidade-berço.
A ideia já tinha sido lançada por Paulo Freitas do Amaral, deputado municipal vimaranense do Partido Socialista e colunista do BOM DIA, através de um artigo publicado em 2017 publicado e através da sua página Facebook em que referia a inexistência da menção do antepassado familiar de Mumadona Dias em Guimarães.
No passado mês de maio na internet acabou por aparecer uma petição promovida por um grupo de vimaranenses a exigir a atribuição do nome de Vímara Peres a uma rua de Guimarães.
Na última Assembleia Municipal, o Presidente da Câmara, Domingos Bragança anunciou a atribuição do nome deste antigo nobre a uma rua do centro histórico ainda que esteja em estudo qual a rua que deverá assumir o nome de Vímara Peres, uma vez que se torna difícil a atribuição do nome a uma das ruas porque todas as ruas em Guimarães são antigas e com História.
Vímara Peres foi um dos responsáveis pela repovoação da linha entre o Minho e Douro e, auxiliado por cavaleiros da região, pela tomada do burgo de Portucale (Porto), que foi assim definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868. Nesse mesmo ano, tornou-se o primeiro conde de Portucale.
Vímara Peres foi também o fundador de um burgo fortificado nas proximidades de Braga, Vimaranis (derivado do seu próprio nome), que com o correr dos tempos, por evolução fonética, tornou-se a moderna Guimarães, tendo sido o principal centro governativo do Condado Portucalense quando da chegada do conde Dom Henrique.