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Uma ligação da Linha do Minho ao aeroporto Sá Carneiro?

O Eixo Atlântico, que agrega 38 municípios do Norte e Galiza, apresentou ao Ministro do Planeamento e Infraestruturas, um pacote de propostas onde defende uma ligação ferroviária direta da Linha do Minho ao Aeroporto do Porto.

No documento a que a Lusa teve acesso, explica-se que esta nova conexão “permitiria ao aeroporto ter uma ligação direta com o principal corredor de transporte ferroviário que liga a Corunha a Lisboa, o que permitiria servir melhor as pessoas e as empresas, com um impacto positivo na economia da eurorregião”.

A proposta da Câmara Municipal da Maia, um dos 38 municípios que compõem o Eixo Atlântico, e que consta do pacote de ações para a melhoria da rede ferroviárias da região Norte, prevê a criação de “uma comunicação direta entre a Linha do Minho e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, sem ser necessário mudar de comboio na Estação de Campanhã”.

Por outro lado, permitiria à Maia, lê-se no documento, “ter acesso direto à rede ferroviária de bitola larga de Portugal através da Linha do Minho, com todas as vantagens que implicaria para os seus habitantes e para as empresas aí localizadas.”

Segundo o documento, não existem estudos anteriores sobre o troço de ligação Aeroporto Sá Carneiro – Linha do Minho, mas a menor distância entre as duas infraestruturas situa-se nos arredores da Estação de Leandro, na Linha do Minho, que dista, em linha reta 9,7 Km.

Na proposta de melhoria da Rede Ferroviária da Região Norte, sublinha-se ainda a evolução do tráfego anual de passageiros no Aeroporto Sá Carneiro que em 2017, ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 10 milhões de passageiros.

Além deste investimento, o Eixo Atlântico defende ainda uma rota alternativa que permita a Braga o acesso direto à Linha do Minho, já que, refere a proposta este “bypass” iria favorecer tanto a conexão com o Porto e a Galiza, como com as localidades situadas a Norte de Braga

Aquele organismo explica que, apesar da configuração do ramal de Braga responder, desde a sua construção, à demanda de mobilidade entre aquela cidade e Porto, “Braga situa-se à margem da Linha do Minho, corredor que previsivelmente ganhará importância nos próximos anos, suportando parte da mobilidade estabelecida entre a Região Norte de Portugal e a Galiza”.

A atual configuração do ramal de Braga, lê-se no documento, favorece as conexões com o Porto, mas dificulta a comunicação com Viana, Valença e a Galiza, exigindo uma mudança de comboio em Nine.

Assim “o planeamento de um comboio direto a partir do Porto e parando em Braga, chegando a Viana do Castelo, Valença do Minho e Galiza requeria uma mudança em Nine, com a consequente penalização no tempo de viagem”.

“Por estas razões, é proposta a realização de uma rota alternativa (bypass) que permita a Braga o acesso direto à Linha do Minho”, sublinha-se no documento que lembra que os primeiros estudos para a modernização das linhas abrangidas na área metropolitana do Porto, se iniciaram na década de 80.

A Infraestruturas de Portugal anunciou a 29 de fevereiro de 2016 a aprovação da eletrificação de toda a Linha do Minho, que será implementada em duas fases: uma inicial, no troço de Nine – Viana do Castelo (43,6 km), atualmente em execução, e um segundo entre Viana do Castelo e Valença do Minho.

Já eletrificação do troço Nine – Viana do Castelo foi adjudicada a 30 de janeiro de 2017, pelo valor de 16 milhões de euros e está previsto ser concluída no terceiro trimestre de 2018.

O projeto de modernização da Linha do Minho inclui ainda eletrificação Nine – Valença do Minho, a supressão de passagens de nível, novas subestações, intervenções em túneis e pontes, e instalação de sistemas e telecomunicações sinalização, com um investimento total de 832 milhões de euros, que deverá estar concluído ao início de 2020.

O documento intitulado “Segundo pacote de infraestruturas do Eixo Atlântico” enquadra-se dentro da atividade da Agenda Urbana do Eixo Atlântico do projeto MC2, cofinanciado por INTERREG V A Espanha – Portugal (POCTEP).

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