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Um poeta e filhos com presença

Smiling man outdoors

Verso que é verso

Não tem de ser ordinário,

O poeta mostra o reverso

Teorema, coronário.

O poeta avalia a vida

E as coisas que a vida têm,

O poeta honra Pai e Mãe

Que sofreu as dores de parto.

E canta à sua mãe pelo pão

Que tirou de sua boca

Para dar ao pequeno crioulo.

O poeta resiste à indiferença

E marca presença numa sociedade

Que tantas vezes não entende

O seu grito e sua revolta

Num mundo de injustiças.

Poeta não quer elogio

Dêem-lhe antes vossa atenção

Aos clamores e ao calafrio

Espectáculo em cada nação,

São as greves e o frio

Evidente em muita gente

Sem amor e sem acção.

O poema não precisa ser espada,

Nem lança nem dardo,

Mas janela branca nas manhãs

De esperança e um cesto de romãs

Com lágrimas de uma única mãe

Que criou meia dúzia de filhos,

Quando depois essa meia dúzia

Não é capaz de cuidar de sua mãe.

O poeta tem de ter presença

No meio de tanta indiferença

E grande insensatez, talvez,

Alguma mãe deixe de abortar.

Talvez um filho caia em si

E cuide com amor e afecto,

Aquilo que hoje decerto

Poucos filhos ainda fazem,

Cuidar da mãe na velhice.

E pelos sorrisos doces e fartos

Pela a alegria que teve de dar à luz

Das suas coxas um filho.

Um varão robusto e vigoroso,

Ás vezes de rosto triste,

Mas como a mãe nunca desiste.

O poeta não precisa ser ordinário

Mas tem que marcar presença

Escrevendo sem cobrar honorário!

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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