O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa na AR foi um conjunto de palavras para salvação do regime decadente da Abrilada.
Prova-se esta conclusão pelos aplausos unânimes de todas as bancadas, que sentiram nessas palavras a continuidade da tragicomédia do regime.
Citou “o rush migratório” de Portugueses na década de 60/70, por culpa do regime, onde o pai foi Ministro, e que a Europa os recebeu para a sua reconstrução, com o dinheiro americano do Plano Marshall.
Poderia ter louvado talvez os mesmos Portugueses, que aplaudiram Salazar pela sua “neutralidade colaborante” na Segunda Guerra Mundial, a qual poupou da mortandade do conflito o nosso Portugal e que permitiu que houvesse mão de obra portuguesa bem remunerada nos paises destruídos.
A seguir abordou a Descolonização não feita a tempo. Foi pena não ter citado o estado dos países descolonizados a tempo, do tipo Zimbabwe, do Uganda, do Burundi, da Nigéria, da Argélia, de Marrocos, etc. e ter olvidado a Primavera Árabe transformada em carnificina atroz.
Falou do Desenvolvimento. Evitou dizer que ele se deve ao endividamento galopante do país, obrigando-o ao pagamento de juros monstruosos, os quais saem dos impostos pagos pelos Portugueses, deixando-os na penúria.
Marcelo representou o papel que lhe cabe no teatro da AR, transformado em Bom Samaritano, o qual não condena nada nem ninguém, em nome da estabilidade e do branqueamento dos traidores à Pátria.
Depois foi o quadro final da Revista à Portuguesa, onde se misturou o Hino Nacional com a Grandolada do comunista Zeca, o baladeiro cúmplice.
Assistimos à peça em acto único denominada: “E tudo o vento levou, segundo versão portuguesa”
Os cravos estão murchos!