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Um livro para mostrar o património português aos mais novos

Da arte chocalheira de Alcáçovas à arte rupestre de Foz Côa, da dieta mediterrânica ao fado, o património português distinguido pela UNESCO está agora retratado num livro ilustrado para crianças, de Rita Jerónimo e Alberto Faria.

“Viagem ao património português”, com selo da editora Fábula, recorre a uma história de avós e netos em viagem pelo país, para dar a conhecer o património material e imaterial que nas últimas décadas tem sido reconhecido pela UNESCO como sendo da Humanidade.

“O património é aquilo que herdamos dos nossos antepassados, que é transmitido entre gerações e que as pessoas reconhecem que fazem parte da sua história e da sua cultura””, refere Rita Jerónimo na nota de introdução.

Com ilustrações de Alberto Faria, o livro apresenta Sara e Tomás que, numas férias com os avós, ficam a conhecer “o património cultural português reconhecido pelo mundo” e aprendem que “aquilo que é considerado património muda ao longo do tempo”.

A viagem começa à mesa, em Tavira, com os avós a explicarem aos netos o que é a dieta mediterrânica, e porque é que foi considerada património da Humanidade.

Tendo a viagem como fio condutor, os autores dedicam cada dupla página a um dos patrimónios reconhecidos, com diálogos entre os avós e as crianças complementados com pequenos textos informativos.

No percurso, o leitor é levado, por exemplo, a Serpa para ouvir cante alentejano, ao Museu do Fado, em Lisboa, para uma visita cantada, a Tomar, para entrar no Convento de Cristo, e a Foz Côa para ver, junto ao rio, as gravuras rupestres datadas do paleolítico superior.

De fora desta viagem pormenorizada fica o património dos Açores e da Madeira, condensado numa referência final à floresta laurissilva, na Madeira, à zona central de Angra do Heroísmo e à paisagem da cultura da vinha do Pico, ambos nos Açores.

As páginas finais do livro são dedicadas a um glossário, com explicações sobre palavras e termos como “caretos”, “barroco”, “Estado Novo”, “joanina” e “identidade cultural”.

Rita Jerónimo é antropóloga, tem trabalhado na área do Património e dedicou o doutoramento à candidatura do fado a património da Humanidade. Alberto Faria, formado em Design, tem trabalhado na área da publicidade, para imprensa, como diretor de arte e ilustrador.

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