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Titanic: o navio mais famoso da História

O Titanic, de 269 de comprimento, era o maior navio dos mares. Seu deslocamento excedia ao dos navios de combate contemporâneos em 5.000 toneladas. Seu casco se dividia em 16 compartimentos à prova de água, e, porque quatro destes podiam ser inundados sem que o navio se afundasse, acreditava-se que fosse insubmersível. Quanto à segurança o Titanic era a última palavra em matéria de construção. Mas o icebergue fatal fez um corte de 90 metros no lado do navio, inundando cinco de seus compartimentos à prova de água, e o insubmersível Titanic se afundou a pique em poucas horas!

Segunda feira, 15 de Abril de 1912: O Titanic naufragou apenas 2 horas e 40 minutos após o impacto, com uma perda de 1.500 vidas. O impacto com o icebergue se deu no dia 14 de Abril por volta das 23.40 quando colidiu com um icebergue. Em pouco tempo o navio partiu em dois e afundou, entrando para a história da navegação como um dos maiores desastres marítimos!

O preço pago pelo excesso de confiança da parte do comandante Smith

Eu sobrevivi ao naufrágio do Titanic contou uma testemunha ocular que naquela altura tinha 12 anos de idade, o senhor Louis Garrett que nasceu em 1900, em Hakoor, Líbano um vila cerca de 140 quilómetros ao norte de Beirute. Eu tinha 12 anos quando embarcamos no Titanic, era o mais rápido e luxuoso navio da época e também se dizia que era insubmersível!

Muitos estavam no Titanic para celebrar a sua viagem de estreia. Era a coisa chique a fazer para os socialmente proeminentes. A velocidade do navio foi como se esperava. A chegada a Nova Iorque estava prevista para quarta feira, 17 de Abril. As águas estavam calmas e o tempo tipicamente um tanto frio para Abril.

No domingo, 14 de Abril, nosso quinto dia no mar, o tempo estava excepcionalmente frio que não havia muitas pessoas no convés superior do navio. Ouvimos dizer que haviam sido dados avisos sobre icebergues naquela área. Não se esperava avistar algum na rota do navio, portanto o Titanic manteve sua velocidade máxima. Entretanto, o comandante do Californian, outro navio no Atlântico do Norte, avisou por rádio o Titanic sobre serem vistos no nosso caminho icebergues. Isto foi desconsiderado!

O preço do excesso de confiança custa a vida a 1.500 pessoas

Eu e minha irmã de 14 anos nossas passagens eram de terceira classe. E esperávamos ver em breve o nosso irmão mais velho que nos esperava por nos em Nova Iorque no domingo dia 17 de Abril. Visto que nossa viagem era de terceira classe, não podíamos ir até ao convés da segunda classe. Mas depois das 23.45 horas de domingo dia 14 de Abril, eu e minha irmã acordamos devido a uma sacudida do navio no icebergue, e agora nos foi dito que agora poderíamos ir até ao convés da primeira classe, a fim de termos mais probabilidade de entrar num barco salva-vidas. Mas o único meio de lá chegar era por subirmos pela escada de ferro desde o convés, isso seriam cinco ou seis conveses acima onde estavam esses barcos salva-vidas. Fizemos isso com muita dificuldade para trepar todas aquelas escadas de ferro. Mas com ajuda de outros lá conseguimos.

Que cena! A maioria dos barcos salva-vidas já tinham partido. A tripulação só permitia que mulheres e crianças entrassem nos barcos salva-vidas – mas não havia suficientes para todos. Vimos mulheres chorando, não querendo deixar seus maridos; maridos implorando a suas esposas e filhos que se apressassem a entrar nos barcos salva-vidas. Em meio a este total pandemónio e histeria em massa estávamos eu e minha irmã, duas crianças imigrantes, que não sabiam falar inglês, terrivelmente assustadas, chorando e procurando ajuda.

O último barco salva-vidas estava sendo lotado. Um cavalheiro de meia idade estava com a esposa grávida, bem jovem. Ele a ajudou a entrar no barco salva-vidas, daí olhou para o convés e viu outros que queriam embarcar nele. Beijou a esposa, despedindo-se dela. E, ao retornar ao convés, agarrou a primeira pessoa que encontrou no caminho. Felizmente, eu estava ali no lugar certo e na hora certa, ele me colocou no barco salva-vidas. Eu gritei pela minha irmã que tinha ficado paralisada de terror. Com a ajuda de outros, ela também foi empurrada para dentro do barco salva-vidas.

(Continua)

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