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“Terras de Monte Longo”, novo livro de Daniel Bastos

No dia 16 de dezembro (sábado), o historiador e colunista do BOM DIA, Daniel Bastos lança em Portugal, no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, às 21h00, o seu novo livro, intitulado “Terras de Monte Longo”. A sessão de apresentação, que estará a cargo da professora catedrática Maria Beatriz Rocha – Trindade, reputada socióloga das migrações, será antecedida por um prelúdio musical executado pelo compositor e intérprete Nelson de Quinhones.

A obra, uma edição trilingue (português, francês e inglês) assinada pelo tradutor Paulo Teixeira, foi concebida a partir do espólio de um dos mais aclamados fotógrafos portugueses da sua geração, José de Andrade (1927-2008), fotógrafo de renome internacional, premiado e exposto em vários cantos do mundo, e conta com prefácio do conhecido fotógrafo franco-haitiano que imortalizou a história da emigração portuguesa, Gérald Bloncourt.

Neste novo livro, realizado com o apoio da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, e do Centro Português de Fotografia, instituição pública que assegura a conservação, valorização e proteção legal do património fotográfico nacional, Daniel Bastos esboça um retrato histórico conciso e ilustrado do interior norte de Portugal em meados dos anos 70.

Através de imagens até aqui inéditas, que José de Andrade captou nessa época em povoados rurais de Fafe, um território entre o Minho e Trás-os-Montes, o historiador e autor de livros sobre a emigração, aborda as memórias do passado, não muito distante, do Portugal profundo e rural na transição da ditadura para a democracia.

Nesses “lugares de memória”, agora resgatados, abundam essencialmente rostos, expressões, sentimentos e experiências quotidianas, por que passaram as povoações rurais do Portugal fechado sobre si próprio. O livro constitui uma cápsula do tempo local, regional e nacional, que depois de aberta, nos transporta para um período fundamental da história contemporânea portuguesa, marcado por décadas de carências, isolamento, condições de vida duras e incontáveis episódios de emigração “a salto”.

Segundo Gérald Bloncourt, neste livro ilustrado pela objetiva humanista de José de Andrade, fotógrafo natural de Santo Tirso que encontrou nas Terras de Monte Longo um palco privilegiado para denunciar as agruras da vida quotidiana no interior norte nas vésperas da revolução democrática de 1974, são-nos reveladas “fotografias sentidas de Portugal, do seu povo, da sua história”, repletas de “sentimentos de dignidade evidenciados por uma forma de estar serena e humana”.

Refira-se que a edição da obra “Terras de Monte Longo” deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura, com particular destaque para o grupo empresarial do comendador luso-canadiano Manuel da Costa, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto.

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