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Sub-21 batem Noruega no Estoril

A seleção portuguesa de sub-21 venceu hoje a congénere da Noruega por 3-1, em jogo de preparação para o Euro2017 de futebol, mas só na segunda parte, com a mudança total do meio-campo e do ataque, se revelou manifestamente superior.

Gonçalo Paciência, aos 44 minutos (grande penalidade), Rúben Semedo, aos 59, Diogo Jota, aos 89, marcaram os golos que confirmaram a superioridade lusa, atenuada com um tento de Morten Thorsby, aos 76.

Após o intervalo, o selecionador Rui Jorge fez uma revolução no meio-campo e no ataque, com as entradas de Rúben Neves, Bruno Fernandes, João Carvalho, Diogo Jota, Podence e Carlos Mané, para as saídas de Ricardo Horta, Francisco Ramos, Rony, Iúri Medeiros, Bruma e Gonçalo Paciência.

A melhoria foi desde logo evidente, muito por ação de dois jogadores do meio-campo, Rúben Neves e, sobretudo, Bruno Fernandes, que apresenta uma maturidade competitiva acima dos outros, sem esquecer que Diogo Jota e Carlos Mané conseguiram introduzir acelerações ao jogo ofensivo que na primeira parte estiveram ausentes do ataque português.

Outra alteração de natureza estrutural decorreu da entrada de Podence para uma posição no corredor central atrás de Jota e Mané, num sistema de 4x3x1x2, ao invés do que sucedeu na primeira parte, em que Portugal apresentou um 4x3x3, com um ponta de lança assumido, Gonçalo Paciência, como referência atacante.

Na primeira parte, a seleção lusa sentiu sempre grandes dificuldades de penetração face ao ‘pressing’ alto e agressivo dos noruegueses, muito compactos a defender, razão pela qual os dois lances de maior perigo criados por Portugal, aos 10 e aos 43 minutos, este último do qual resultou o penálti e o primeiro golo do desafio, apontado por Gonçalo Paciência, tiveram origem em dois lançamentos longos para a área norueguesa e não em ataque organizado.

Acresce, ainda, para perceber a apagada exibição lusa, alguns desempenhos individuais sofríveis, em particular os três médios, Francisco Ramos, Ricardo Horta e Rony Lopes e de Bruma, salvando-se a espaços Iúri Medeiros.

Em defesa do onze inicial de Rui Jorge, o facto de a Noruega ter apresentado na primeira parte a sua melhor equipa, visto que o selecionador norueguês fez seis alterações de uma assentada após o intervalo, sem tocar, porém, na ‘estrela da companhia’, Martin Odegaard, de 18 anos, craque do Real Madrid emprestado aos holandeses do Heerenven.

Aliás, as duas chances de golo criadas pela Noruega na primeira parte passaram pelos pés de Odegaard, aos 29 e 31 minutos, a primeira com este a rematar à rede lateral, com culpas evidentes para Rúben Semedo, que não saiu ao condutor da bola, e a Kevin Rodrigues, a permitir que a bola fosse metida nas suas costas.

Rui Jorge afirmou que um dos objetivos para este jogo era avaliar a coesão defensiva, tendo em conta que a equipa sofrera golos nos últimos quatro jogos, e a verdade é que voltou a denotar deficiências neste plano.

Na segunda parte, com Bruno Fernandes a ‘assumir a batuta’, Portugal passou a ter muito mais fluidez e profundidade de jogo, perante um adversário menos pressionante do que na primeira parte, por se tratar de um jogador com visão e discernimento com a bola nos pés e que sabe gerir os tempos de jogo.

De resto, seria dos pés de Bruno Fernandes que saiu o cruzamento, na execução de um pontapé de canto, para o segundo golo português, de cabeça, por Rúben Semedo, aos 59 minutos, mas a Noruega reduziu aos 77, por Morten Thorsby, num lance com culpas para a defesa lusa.

Já na parte final do jogo, aos 89 minutos, Diogo Jota colocaria maior justiça no resultado ao cabecear para o fundo das redes um cruzamento de João Carvalho, do flanco direito.

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